ARISTEU MACACO
Aristeu Macaco, o "Teteu", figura folclórica e bastante conhecida no meu torrão natal, o Cedro (hoje Caetanópolis),
era um bebum contumaz, criador de casos e sempre envolvido em confusões.
Certa ocasião, faleceu um membro importante de família tradicional na cidade e o povo ficou ouriçado. O corpo foi
velado na mansão da família e, à tardezinha, o caixão saiu para o enterro no cemitério local, lá no alto do morro.
Aristeu Macaco aproximou-se e tentou segurar uma das alças do caixão, mas foi empurrado pelos parentes do fale-
cido. Passou para o outro lado mas seus esforços foram em vão. Mas ele não se deu por vencido. Sentou-se numa pe-
dra grande, à entrada do campo santo e ficou ligado.
Quando o caixão começou a descer para a sepultura, o "Teteu" gritou alto e bom som para todos:- "- Hei cambada,
vocês aí! Enfiem o defunto no cú, tá certo ?..."
Dito isso, correu aos tropeços para a saída do cemitério!...
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B.Hte., 23/06/22