Quando me enamorei de ti
Quando me enamorei de ti
Quando me enamorei de ti, não sentia nada. Quando senti, foi instantâneo, borboletas.
Passei a escrever como uma criança, noutras como uma adulta. Todas às vezes, cartas bobas de amor, poesias versavam como o ar abundante nos pulmões após longos suspiros que brotavam na folha rabiscada. A folha em branco, assim como eu, nada existia. Brotou esse amor por ti, em versos te compus.
Cheia de esperança e de fé esperava que esse amor acontecesse, tão simples como meus versos.
Em minha confusa miscelânea de sentimentos, por birra não vi a razão daquela poesia ser você. Sim, você se tornou a minha poesia diária.
E, mesmo que o tempo não diga nada, não traga respostas, não desvele teu amor, o amor que quero, recíproco.
Mesmo que o tempo seja lápis e borracha, não apagará esse colorido que meu coração enfeitou de nós dois.
A vida quando escrita com a tinta do amor, tem mais brilho e cores. E, mesmo que tudo se apague, fica essa felicidade descuidada de ter te amado sem que soubesses.
Foste amado com toda a intensidade de uma mulher, com toda a doçura e genuidade da criança que vive em mim.
Mas, fico com essa felicidade descuidada de ter amado sozinha.
Que minhas borboletas se libertem do gosto amargo e ácido das minhas vísceras, o desamor, porque eu amei sozinha.
Ana Cristina Silveira.
Divagações de DonaCris
16/06/2022