UMA TARDE FRIA
Na tarde fria de inverno, Lia insistia em usar shots, a espera de alguém ou de algo, chamava a atenção de todos, inclusive a nossa.
Rotatória de pouco movimento, pois os alunos já estão na escola e os trabalhadores em seus trabalhos.
Ônibus passam a todo instante, uns para um lado, outros para outro.
Além de Lia, na outra esquina, trabalhadores batem animadamente seus martelos, em ritmo musical, no alto da construção.
Vários carros estacionados a espera de seus donos, que ocupam as repartições públicas, próximas a esta praça.
O parquinho, que já foi lotado de crianças, parece sofrer com a solidão e o abandono, pois este friozinho afugentou as crianças.
Em nossa frente, uma torre parecia alcançar o céu “de brigadeiro”, no centro de nossa cidade.
No carro rebaixado, tocava uma música tão alta, que parecia uma festa.
Lia mudou de lugar, agora sentada em um banco da praça e degusta seu lanchinho, mas continua de shorts e com frio, mas na moda.
Com o cair da tarde o vento aumentou e balançava as folhas das palmeiras, que contrastavam seu verde escuro com o azul claro do céu.
O garoto, de cabelos longos e enroladinhos, esvoaçava ao vento e completava a paisagem, andando em seu skate.
LARA KIRITA ROSSONI