#lucindanelremarcrônica?- Amor

Nesta noite, em plena madrugada, ao acordar, vi-me com a mente trabalhar... kkkkkk... Coisa que não estranho ppis já por diversas vezes aconteceu isto. Pensando e construindo um texto... Quantas vezes já me levantei e peguei caderno, folha e caneta ( ou mesmo lápis) e pus-me a colocar aquilo que me vinha à cabeça. E? Ora, no final lá estava um texto ( ou melhor, um textão) que de manhã eu dava umas pinceladas na pontuação. É... hoje em dia, não me levanto ligo... Tento dormir... Porem, confesso, nem sempre consigo. Nesta madrugada, não levantei e ai fiquei longo tempo com a cabeça fervilhando.

Se você leu até aqui, deve estar a se perguntar sobre o tema em que estive a borbulhar o juízo. Kkkkkkkk... Estava a matutar sobre o amor. Coisa boba? Não sei. Veja! Você já pensou no amor em seus diversos nuances? Não estou a falar sobre amor dito fraternal, maternal, paternal, amizade... Não! Estou a falar sobre o amor corriqueiro. Este sentimento que move a vida: o amor às coisas, aos objetos, a tudo que nos cerca. Sim, o que você sente quando escuta uma canção? Uma que mexe com você sem saber como e nem o porquê. Algo bate em seu coração, suas lembranças se alvoroçam. Momentos são trazidos à mente, pessoas vem à memória. Não sei se você está a me entender. O amor é despertado, o sentimento de algo bom, talvez um tanto inexplicável, dá um gatilho e você sente a importância do lugar, do momento a que você foi transportado. Você vê detalhes como roupa, calçados, enfeites, gestos, objetos que circundaram o instante que ficou registrado. Até o rádio ou a vitrola onde aquela canção tocou... Entendeu? O Amor não é um sentimento pela pessoa ou pessoas... É pelo conjunto do contexto ao qual os seres ( nesse caso você e o ou os outro(s) estavam inseridos. Você na realidade na lembrança é um personagem visto por você mesmo! Numa comparação bem louca mas real: Você ao assistir um filme, novela, uma peça ou mesmo lendo o livro, já não se viu no lugar de um ou até mais de um personagem? Já parou para pensar qual a ligação existente entre você e aquele autor de livro? Por que alguns textos lidos e relidos lhe despertam algo que você nem sabe razoavelmente explicar? Tudo ou quase tudo tem a ver com o amor. Se não houver a presença deste sentimento o que existirá será apenas um outro que se contrapõe; não, não é o ódio, é a indiferença, ou seja, aquilo não mexe com você de verdade. Não de mentira, de faz de conta; é algo natural. Por que digo isto? Porque nem sempre o demonstrar indiferença é real, por vezes, é apenas um gesto de defesa, é o não dar o braço a torcer...

Assim, fiquei a pensar: o Amor como algo que nos conecta com a vida... Não nos isola, pelo contrário, é algo que flui a partir do momento, do contexto da vida que nos cerca, a que estamos inseridos.

É isso! Se você chegou até aqui, agradeço por demais!

Tenha um bom dia!

Raimunda Lucinda Martins