Um leve sorriso
Cheguei em casa e ela estava leve sentado no chão do quarto, no rosto aquele sorriso gostoso de um dia com a amiga rindo da vida. Na cabeça uma zonzeira da sobra do álcool faziam risadas escandalosas lhe escaparem. Cena gostosa de ver, há certos delírios no prazer que não são explicações. Sentei ao chão com a roupa ainda do dia de trabalho suado e incomodado, e ela, dona de atos impulsivos que me põe sempre diante do inesperado, beija-me a boca com seus lábios melhado e abraça-me com um daquele abraço de urso prendendo-se ao meu pescoço. Rendo-me! Fui derrotado pelo poder inexplicável do afeto.
Quando me solta, sem ter a menor noção de quanto tempo estive preso naquele abraço (talvez segundos com uma sensação de horas), pega a bolsa de Paulo Freire feita de um tecido de saco e saca dois pastéis que comprou numa barraca a caminho de casa e, ainda com um sorriso no rosto como criança diante da sobremesa era possível enxergar a felicidade diante da guloseima. Foram felizes aqueles pastéis ao serem devorados entre risos, dentes grandes e beijos oliosos com sabores de queijo e calabresa. O tempo foi passando como se para nós fosse um privilégio desperdiçá-lo com conversas banais diante desse tão tenebroso de proto ditador do capital. As betaendorfinas expulsaram o ar em risadas escandalosas, o mundo tinha o nosso tempo. Levantei fiz uma janta rápida para nós e um bife com nosso molho coringa (barbecue) e as risadas ainda voavam soltas. Jantamos e sentamos no sofá para curtir um pouco da preguiça e assistir minha live de política para se internar do dia. Ela pediu massagem nos pés e me tirou a concentração me pondo dispolitizado diante o dia. Então deitei entre suas pernas para me render a uma explosão de carinhos. Foi quando ela me disse com a fala ainda mole: "Eu tô muito molhada hoje..."
E entre excitação e desejo nossa história continua...