Dilemas
Amo, como amo vê-la!!! Apesar das obrigações loucas desse mundo liberal, onde não há nada de liberdade, impondo a vida sempre um ritmo... amo vê-la em seu tempo se arrumar para sair. Se tivesse o mesmo poder sobre o tempo de espremer ao bel prazer de um momento a vida seria mais leve. Seria como ler uma poesia de manhã a cada peça de roupa posta sobre a preguiça da pele branca que pede um carinho antes de se esconder do sol. Seria simplesmente lindo como admirar Narciso em frente ao reflexo do espelho a desembaraçar os cabelos com as mãos e fazer um coque perfeito que põe e expõe o pescoço cumprido aos ataque de beijos.
Contudo, essa sensação horrível da vida que não sabe dialogar em busca de um meio termo tem sempre que pôr o desespero de um dilema a calmaria de um navegante deslumbrado à deriva... Ou ficar deitado fora do tempo a admirar os carinhos e beijos sobre uma beleza que traz ao espírito deslumbre. Ou levantar ao ritmo alucinante do tempo que põe o ponteiro dos segundo como tempestade só para fazer uma xícara de café e ver um sorriso pleno, que traz ao espírito desespero. Nessa vida de dilemas que obriga as escolhas sempre há perdas, é cruel demais!
Mas entre o deslumbre e o desespero, para o azar da vida, sempre haverá na memória um pedaço de prazer...