O progressismo inventando a "nova norma culta"
Nossa Língua Portuguesa, "última flor do Lácio, inculta e bela" (Olavo Bilac), o quanto andou pelos mares para se distribuir pelos continentes. És mui linda e admirável, amo-te, ó Língua Portuguesa.
Seu berço se estendeu para o mundo, enfim, conhecer sua complexidade, sendo hoje o quinto idioma mais falado entre as nações. No entanto, do seu desenvolvimento por Camões até os dias de hoje, vejo que algo não está correto à minha consciência. Estamos maltratando nosso bem precioso e único capaz de nos unir como povo. Inadmito novas expressões, que não sejam por costumes regionais, do tipo folclórico ou histórico, isto é, nada diverso das características e necessidades de cunho étnico, regional ou local.
Nesse sentido, nossa língua é para todos, sem exceção. Não existe exclusão, qualquer que seja, independente de posição social. Ela é neutra para os seus falantes, não há machismos de forma alguma.
A Língua Portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil e da forma como sempre a conhecemos; trata-se do elo de ligação ininterrupta da sociedade brasileira em geral. Deve, portanto, ser respeitada e preservada, pois sua história provém do grande Império Romano que é o mesmo de se falar conquista e expansão. Atravessou mares, como dito acima, ou seja, é idioma nobre, vou além, nobríssimo.
Nosso falar português é provido de vários sotaques tanto aqui, quanto mundo afora, totalizando aproximadamente 280.000.000 de falantes, quinto mais falado do planeta. Desse modo, não pode ser distorcido por grupos extremistas com retrocesso ideológico, que pretendem impor a todos a língua neutra. Isso é um absurdo, não tem cabimento por isso não prosperará, apesar de alguns estabelecimentos públicos adotarem essa nova norma "inculta". Há também espaços privados que são adeptos do "todes".
Não pensem que esta exposição tenha viés de exclusão de qualquer tipo de brasileiro, não, muito pelo contrário, não há em hipótese alguma nenhuma discriminação aqui, trata-se somente de reflexão para algo que já faz parte da nossa história, ou seja, nossa Língua Portuguesa.
Romualdo Santos do Paço, advogado defensor da liberdade, patriota, amante das letras e amigo dos números, morador da Lapa/SP.