Julieta
A Julieta me ensinou o veneno da posse!
Possuo ela e morro,
e morrido aguento culote
De marido respeitoso,
Tão respeitoso como um corno apaixonado
que chove de amor por ela!
Ela fica na janela,
sorri pra qualquer um,
E eu sou o galho quebrado
da árvore
que entra em casa
e sai já a noite
Pra perder de vista
o que a Julieta não conta pra mim!
Mas conta de luz tá apagada:
é de graça no escuro!
Eu corno burro nem ligo
porque a Juli me ama é assim
E eu também
amo essa bela flor que não sabe ser perfumada!