SER INTELIGENTE É SER DESCONFIADO ("Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, em relação ao universo, ainda não tenho certeza absoluta." — Albert Einstein)
É mais um dia de aula nessa sala movimentada, repleta de alunos com suas personalidades únicas. Entre eles, há uma aluna que se destaca pela falta de interesse e comportamento inadequado. Sentada na mesinha do fundo, balança os pés sobre a cadeira, conversando e buscando chamar atenção.
No meio de todo o burburinho, a aluna decide me questionar sobre o horário de término da aula. É evidente que ela quer deixar claro que não se importa com isso e anseia por ir embora rapidamente. Mas por que perturbar a aula desse jeito?
Respondo de maneira firme que a aula acabará quando a sirene tocar. Como era esperado, a reação da aluna não é das melhores. Ela se ofende, assim como outros jovens mimados desta época, e me chama de mal educado.
Defendo-me, explicando que é preferível tratá-la com indiferença e ser rotulado como mal educado do que me esforçar para ser gentil e educado, apenas para ser injustamente acusado de algo tão grave como pedofilia. Parece que, entre professor e aluno, sempre sobram problemas para o professor.
Os alunos sentem-se desrespeitados quando os professores os repreendem por comportamentos inadequados, como sentar nas mesas e colocar os pés nas cadeiras. Ou quando pedem silêncio, mas preferem falar alto e causar bagunça. Nem mesmo posso mencionar que a letra deles é feia e ilegível.
Essa experiência toda me faz refletir sobre a difícil posição do professor e a importância de estabelecer limites e regras na sala de aula. Lidar com alunos que não valorizam o ambiente de aprendizado e desrespeitam os professores é um desafio constante. No entanto, mesmo diante das dificuldades, é crucial manter a postura e buscar ensinar, mesmo com todos os obstáculos. Afinal, não há outra opção para o professor senão sustentar sua família.