ONDE SERÁ?
Onde a ferida foi aberta e deixou escapar a fé?
A lua em sangue o sol em fogo. A saudade finda.
Movimentos solitários, talentos mórbidos, avisos incessantes.
Cruzes vermelhas dos tempos antigos, de anos esquecidos.
Entre vida e morte. O tempo curto, extensão. Findo.
Revelação da ciência, mistério e fé. Sem conclusão.
Espadas marcadas, escritas em latim e grego.
Cantos gregorianos em ambientes pouco iluminados.
A onipresença foi esquecida
A onipotência desafiada.
A onisciência colocada e cheque.
As verdades são explicadas com mentiras.
Qual a validade de chamar o paraíso se ele não esta mais lá?
Era esperada, delicada, por um fio.
Nada mais precioso, porém, nada mais vulgar.
Na loucura se explica a verdade, entre as linhas da percepção.
Quando o sol perder seu calor, a lua ensangüentada aparecer.
Pergunte. Pergunte onde esta a fé? A ferida da esperança, a fé!
De dia e de noite procurarás, mas ela não estará lá!
De noite apavorada se colocará em silencio e sairá. Sairá.
Podem sorrir quando tudo parece perdido, mas não esta.
O negocio é que para tudo que é dado, algo lhe é tirado.
Não sabemos o que ira acontecer, mas se soubéssemos fugiríamos.
Há coisas que não batem, seria o mesmo que querer retardar o juízo final.
Todos fazem seus tratos. Com seus deuses se ajeitam. E eles parecem estar lá em cima.
Quando nada mais tem valor ou significado, a fé tem que preencher.
O mal está perto e nos olha com furor, nos quer findar.
Na escuridão os olhos dos cegos verão. Naquele dia não haverá luz.
O medo leva a ganância, a ganância a guerra e a guerra a mote.
Procuramos respostas, sempre procuramos.
Acho que isso é fé sem razão. Sem razão para o inevitável.
A grande estrela. A fé.
Gigio 25/11/2007 22:52 h