A intenção era romântica - BVIW
Meu coração tinha intenção de fazer uma crônica poética mas a televisão não deixou. Um capô, umas pernas, uma barbarie me tirou do que seria estar na peneira peneirando ou estar no namoro namorando. Tantas coisas por trás destas cenas... Será que foi proposital essa amostra de filme de terror? Seria um cartão postal do que está por vir? Não tenho nervos de aço e a mensagem que passa é a de que não faltará fumaça no fim do túnel.
A sorte é que logo chegou a hora da novela Pantanal. Volto a pensar em paisagens verdes com varandas e jardins. Volto a muitos anos atrás quando amar seguia a ideologia dos sonhos e fazia cartas de quatro páginas bem correspondidas. Tá certo que o amor é trouxa, mas é bonito enquanto vivo. Não tira pedaços, acrescenta; não mata, se reconstrói e se reinventa.
Se o mundo anda adoecido é por falta de canções como as que dizem que “é preciso amor pra poder pulsar, é preciso paz para poder sorrir”. Tais canções bastariam para uma crônica poética existir.