ADEUS!
Francisco de Paula Melo Aguiar
Adeus! É a despedida definita de alguém.
O povo é relativamente generoso para dizer adeus a quem não está mais aqui.
O que é diferente de tchau!
Do até logo!
Nossa gente não tem o comportamento do Coelho Branco, personagem criada por Lewis Carroll em Alice no País das Maravilhas, ou seja "estou atrasado, estou atrasado para um encontro muito importante. Não tenho tempo para dizer "Alô". "Adeus". Estou atrasado, estou atrasado", ainda que por analogia aos direitos humanos negados muitas vezes por quem tem a obrigação de garanti-los porque o Estado se faz presente em todo e qualquer funcionário público, do gari ao presidente da República.
A segurança pública, a educação, a saúde, etc, tem e não funcionam, se misturam entre o respeito e a falta de respeito contra a população. Os serviços públicos são carentes e estão na UTI e faz tempo.
Sabe Deus se quem cometeu o ato de tortura em Sergipe contra aquele humilde cidadão, ato de terror, filmado e mostrado para o mundo a "câmara" de tortura e morte provocada por agentes do Estado, diante da imposição da cultura dominante do poder público contra seus mantenedores diretos e indiretos via pagamentos de impostos, por ironia do destino mantidos pelo povo.
A fumaça branca que provocou a morte daquele senhor do povo, acende e reacende a tudo e a todos o alerta de que os direitos humanos existem no papel diante da falta de diálogo pelos agentes do Estado em uma mera fiscalização de trânsito. Isso é apenas um exemplo, porque tem agente do Estado nas três esferas do poder e em todos os poderes públicos, deitando e rolando, faz o que quer e o que não quer, prego batido e ponta virada.
Sem tempo de dizer adeus aquele senhor morreu, o que significa que o povo comum continua sem lenço e sem documento.
Não teve tempo de se defender, teve julgamento de morte sumária sem o processo formal exigido pelo Estado de Direito.
Diga logo!