Master System

JORNAL CENTRO-OESTE

TÍTULO: Master System

Léo Daniel

Master System

Leonardo Daniel

Depois de algumas semanas sem escrever, por falta de volição, volto aqui nesta crônica para falar da minha infância e a relação dela com os videogames, em especial o Master System.

Ganhei do meu pai um Master System de presente de aniversário eu deveria ter uns 12 ou 13 anos. Era um presente caro, e o combinado então era que meus irmãos pudessem ter livre acesso a ele, tanto para jogar ou até pedir novos jogos, mas o fato é que antes eu azucrinava dia e noite, a minha mãe, de tanto pedir. Eu ganhei. E quando eu ganhei, voltamos loja o Fujioka da Vila Nova para a vila Itatiaia (tudo em Goiânia). De ônibus...

Dentro do ônibus tive o maior cuidado, ainda mais por não estar sentado, e meu pai dando uma dura em cima de mim, para ser um bom aluno, e que era um presente muito caro... e realmente era... O Master System era lindo, e vinha com dois jogos na memória, um deles Hang-On corrida de motos, o outro Safari Hunt de pistola, aliás não sei se meu pai comprou também a pistola ou se o meu modelo de Master System vinha com a pistola laser (Light Phaser). O Fato é que meu pai comprou também o jogo Rambo 3 (que se jogava com ela) e Altered Beast. Quase não comprávamos jogos, por isso íamos à locadoras para jogar videogames mais avançados, como por exemplo o Mega Drive que assim como Master System eram da SEGA e no Brasil na época da TECTOY, e para alugar jogos, geralmente, na sexta-feira e passava o final de semana, jogando, e, devolvia o jogo na segunda-feira ou na terça-feira.

Foi assim durante muito tempo. Até hoje a beleza dos jogos me exercem fascínio, e hoje tenho vários consoles, portáteis ou não. Mas nem sempre foi assim, um amigo de infância só deixava eu assistir jogando Master System, a mãe dele dava pra ele um jogo por mês, mas ele foi pouco a pouco me emprestando os jogos dele em troca dos meus poucos... Zerei (terminei) todos jogos dele e os meus.

Quando ele trocou o Master dele com 14 jogos por um Mega Drive, sem cartucho, eu pirei, e sempre depois do almoço eu ia pra casa dele para ‘vê-lo’ jogar por uma, uma hora e meia.

Fiquei louco pelo Mega Drive. Que não dava para comparar com o Master System, de tão superior, tanto em gráficos do Mega Drive eram incríveis, como também tinha um ótimo som. Meus pais não tinham dinheiro pra comprá-lo. O que era super compressivo. Então eu quase fui trabalhar num super mercado em Goiânia para eu simplesmente juntar dinheiro para comprar o Mega. O que de fato aconteceu... mas essa é uma outra história. Que pretendo escrever na semana que vem...

Leonardo Daniel

www.poetaleodaniel.com

21/03/2022