A GRAÇA DO BOM DIA!

Hoje a minha caminhada de 10 quilômetros me fez utilizar (as quase duas horas de andança) para eu colocar em prática uma questão de interação social.

O nosso bom dia de cada manhã é real ou se trata só de uma convenção?

Cheguei à conclusão que, para a maioria das pessoas, é só uma convenção.

Por quê?

Sucede que as pessoas estão robotizadas por um aparelho de celular ou então são vítimas de sua própria omissão com o que se passa à sua volta.

Minha experiência de hoje foi a de fazer o que sempre faço que é passar por alguém que está parado ou em ponto de ônibus e, aí, em alto em bom som dirijo-me a elas com o tradicional: BOM DIA!

Pois é. As vezes indago o porquê de algumas delas não se importar com o meu BOM DIA.

Por isso hoje fiz a experiência consistente em observar qual o percentual que corresponderia (ou responderia) à minha saudação: com a expressão (bom dia!) ou com um simples aceno com a cabeça.

Surpreendi-me, eis que 60% não respondeu ou fez que não se importava com o meu bom dia.

Aí, eu, com todo o tempo do mundo, eis que só podia conversar comigo mesmo, pus-me a pensar: Puxa! Um dia lindo como este, com o sol começando a nascer. Um sábado perfeito e propenso a grandes alegrias, eis que parte das pessoas logo mais irão curtir o descanso do final de semana.

Isso é falta de educação, um desaviso ou um desapego à integração que deve haver entre as pessoas humanas?

Poxa! É só um Bom Dia! Custa a pessoas sair de sua própria redoma e se tocar que está no meio de outras pessoas que são seres humanos como ela? Bastava dizer, também: BOM DIA!

Só que eu não queria um BOM DIA por convenção! Queria, sim, um BOM DIA com convicção e com retribuição!

Enfim, computei muitos dos silêncios à distração e à concentração do aparelho celular, mas, uma coisa eu percebi também, são sempre os mais novos que não estão nem aí com o que acontece à sua volta. As pessoas mais velhas foram as que mais responderam ao meu BOM DIA!

Quem serão essas pessoas de nosso futuro?

Fica aí uma indagação que talvez eu (na minha idade) não vá presenciar em carne e osso!

Ass Hélio Machado