Há coisas que não deveriam mudar
Antes faziam sem pedir nada em troca. Sentiam-se importantes por colaborarem com seus pais, avós, tias, professores... Não importava a tarefa a ser feita. Sentiam-se dignos ao fazer. Alguns casos, por ‘medo’ travestido de respeito, confesso, mas faziam. Não importava a distância, o que trazer ou comprar – iriam satisfeitas, afoitas. Mas isso mudou, demasiadamente, nos tempos vigentes.
Agora, nem dos seus quartos saem. A própria cama? Não as arrumam ao acordar. Ir à esquina da rua para comprar um tempero que faltou pro feijão, é motivo para uma guerra, parece que andarão quilômetros a fio! Depois de toda prolixidade da mãe em tentar convencê-los a irem... eles que a convencem, exigindo o troco da compra. Não consigo ver uma cena dessa e achar normal, natural, talvez porque não seja normal, concordam?
Não podemos deixar perpetuar (muito menos romantizar) um passado de medo, de violência, de mentiras. Em contrapartida, porém, devemos – sem dúvida alguma – perpetuar o que foi bom, o que ajudou. E o respeito, a vontade de ajudar quem quer que seja, deve ser intrínseco ao ser humano, e isso, meus caros, é desenvolvido, não nascemos prontos – muito pelo contrário. As crianças de hoje são os adultos de amanhã. Não esqueçamos isso.