SILENCIADA
Aquela senhora com 72 anos quando aceitou casar-se com o varão, teve que abdicar do emprego e foi impedida de dar sequência nos estudos porque mulher dele tinha que ser dona de casa e não do seu próprio destino, cuidar dos filhos e do marido, viver para o ministério cristão. Dedicação exclusiva. Sempre com a liberdade regrada. Doou toda a sua juventude nessa relação.
Quando o marido faleceu, ela finalmente saiu do regime fechado e seu único crime foi de ter sido submissa. Ela teve que ser inserida novamente na sociedade, a qual tanto mudou desde seu confinamento, o período em que foi silenciada pelo machismo.
Temos que ser com alguém e não, de alguém. Cumpriu a pena, mas os traumas ficam...