O automóvel...

O sonho do homem em deslocar-se com liberdade e agilidade evidencia-se desde os primórdios da civilização. Domesticar animais para o transporte e inventar máquinas cada vez mais rápidas e confiáveis fez do bípede um motorista ao redor do mundo. As metrópoles, como o Rio de Janeiro, cederam espaço, preferência e riquezas ecológicas para nossos carros, ônibus e caminhões. Possuir um carro, sonho dourado de consumo, símbolo de "status" e prestígio social. Hoje, lemos nas manchetes, como uma vitória da indústria e da economia, venda de automóveis "como nunca se viu neste País...". Claro está que se um número enorme de veículos passa a circular e poucos deixam de rodar, o colapso será breve. Sem contabilizar os problemas ecológicos de aquecimento global e poluição. Autoridades parecem desistir de qualquer tentativa de solução, talvez percebendo o óbvio, desestimular e concientizar que a propaganda enganosa do carro potente desfilando nos anúncios sempre sozinho nas ruas é um blefe, um suicídio urbano. Mais uma vez a espécie vai ter de perder a arrogância do individualismo para poder avançar e sobreviver nas nossas grandes cidades.