Ser ela ser ela
O amor dela por Deus ser forte se gentil e condigno ser. E se chamava de Jeniffer e era cobradora de ônibus numa frota bem usada pela população na zona sul da cidade de Belo Horizonte. Jeniffer tinha duas filhas chamadas de Clemência de vinte e Modesta de dezoito que estudavam com bolsa as duas numa faculdade particular. Jeniffer era uma mulher de fé e rezava o rosário todos os dias meditado em silêncio enquanto trabalhava no caixa do ônibus com a cobrança e a catraca. E ela tinha já sessenta anos contada. E certa vez perto do final de seu turno à tarde dois homens entraram encapuzados e renderam o motorista e foram até ela. Nesse momento um deles por ver que tinha pouco dinheiro gritou com ela e ela segurou firme o terço nesse momento e ela pensou: Deus me salve, pois tenho duas filhas e um marido a cuidar, pelo sangue de Jesus toca no coração desses bandidos e que não me matem. Nesse momento o bandido atirou três vezes e toda falhou e nesse momento a policia chegou e prenderam os dois homens e resgatou o dinheiro. Jeniffer deu glórias a Deus e divulgou esse fato graças a Jesus e o Rosário de Maria. Clemência e Modesta com a ajuda da mãe Jeniffer e do bom marido Gustavo distribuíram santinhos do santo rosário e faziam com devoção a Virgem Maria. Jeniffer faz faculdade de teologia hoje com sessenta e dois lindos anos. Gustavo faz filosofia e quer ser diácono permanente e se ajudar o padre de sua paróquia melhor ajudante e amigo de todos e do povo. Jeniffer se formou aos sessenta e cinco e agora faz filosofia e Gustavo faz teologia e se formou em breve, demorou dez anos para o diaconato dele e ela foi mestra nessas duas áreas concorrentes. Já Clemência foi formada psicopedagoga e psicóloga e Modesta foi professora de ensino religioso e radialista de uma rádio católica até hoje. E ambas as filhas casaram e foram felizes, Clemência teve dois meninos de nomes Eugênio e Casto de nove e dez anos hoje completos, e Modestos teve três meninos de nomes Eito, Sujeito e Afeito de oito, nove e dez hoje completos. E Eugênio namorou Veronica e teve Joaquim e Samantha de nove e dez. depois Casto namorou Salta e teve Real e Sujeita. E Eito namorou Justina e teve Romualdo e Cassandra de onze e doze hoje. Depois Sujeito casou com Amora e teve Joaquim e Gêmea de nove e dez anos hoje completos e por fim Afeito casou com Desemoinha e teve Santa e Santa e têm nove e dez os dois. Jeniffer trabalhou no ônibus até os setenta e nove e depois se aposentou. Hoje ela faz caminhadas longas pelas ruas e desenvolve sua tez morena e sua silhueta bela e nostálgica serena. Ela calça trinta e oito, pesa cinquenta e nove, tem um metro e cinquenta e nove, usa óculos de grau baixo, tem cabelos ondulados negros e tem olhos caramelos negros lindos, e é do signo de leão essa doce mulher, e ela toca gaita todos os dias às seis da manha quando costuma acordar de vez. Longa vida ela teve e o marido também e os filhos os dois e os netos também os bisnetos também. E tiravam fotos todos os finais de meses e faziam os famosos álbuns de família de a família de Jeniffer e de seus pais, irmãos, irmãs, tios, tias, primos, primas, avós, avôs, amigos e conhecidos. E cada foto mais bonita uma que a outra no mundo de Jeniffer. Ela chegou a fazer dois CDs de gaita mais foi um fracasso total o timbre o vocal. E então escolheu o teclado e deu tudo por certo e deixou um pequeno patrimônio vinte mil reais ao marido e aos filhos guardados com muito esmero e suor. Está enterrada em um jazigo lindo e bonito com a seguinte escrita: o ser que ela foi, ido o acalanto o amor e a voz do luar e o seu rosário fizeram dela o corpo e o coração de um somar de uma grande mulher.
Observação: todas minhas crônicas são fictícias.