QUEM VIVER, VERÁ...
Há pouco mais de cento e trinta anos era proclamada a república no nosso Brasil. De lá para cá, tem entrado e saido governantes, muitos fatos e episódios inesperados têm ocorridos e, em alguns momentos, alguns deles arranharam, de algum modo, o corpo da nossa democracia, mas ela tem permanecido firme e forte.
Atualmente, num primeiro momento, em meio às turbulências das divulgações de algumas pesquisas eleitorais dos presidenciáveis em destaque, já se vê que a briga por aquele espaço almejado a ser ocupado por uma terceira via ainda está meio capenga, mas os candidatos presidenciáveis seguem confiantes nos seus propósitos.
Os espaços almejados pelo candidato presidenciável, que ainda se encontra no poder, e por aquele ex-presidente que já atuou tempos atrás, em dois mandatos, e que ora tenciona voltar, estão sendo disputados palmo a palmo por correligionários inquietos, de ambos os lados, cujo desfecho eleitoral não se sabe ao certo o que poderá acontecer.
Por outro lado, fala-se muito da necessidade do surgimento de uma terceira via política e partidária, que segundo os eleitores mais otimistas, principalmente os que são contrários aos dois presidenciáveis primeiros colocados, ela logo estaria em ação para tentar jogar água no chope da polarização existente entre esses dois presidenciáveis mais bem colocados nas últimas pesquisas, mas o que se vê é que essa terceira via não tem conseguido fazer, sequer, um pouco de sombra neste sentido.
É sabido que ainda não há um pré-candidato forte, oriundo dessa tão propalada terceira via, que possa fazer frente a esses dois pré-candidatos que são produtos dessa polarização política e partidária já há algum tempo existente. Na verdade, o que há são pré-candidatos almejados por essa enigmática terceira via, que já estão se desentendendo com os líderes dos partidos que estariam pleiteando apoiá-los, sem ao menos saber se serão ou não preteridos.
Outrossim, ouve-se comentários, a bocas pequenas, que alguns eleitores, mormente os mais radicais, jamais votariam nos dois presidenciáveis polarizados e que seria justamente esse espaço que essa terceira via ocuparia, desde que ela apresentasse um bom projeto de governo, capaz de desbancar a esperança existente nesses eleitores que já têm os seus votos comprometidos com aqueles dois pré-candidatos de sua confiança.
Na condição de um eleitor veterano que o sou, não acredito no surgimento dessa suposta terceira via, com credibilidade e robustez suficientes para arrancar os votos dos eleitores que se enquadram no perfil dos dois presidenciáveis que já despontam à frente, nas atuais pesquisas. A meu ver, haverá uma terceira via capenga, do início ao fim, e os votos desses eleitores radicais aos extremos, serão jogados ao vento e/ou deixarão de fazer parte da contagem de votos úteis da referida campanha eleitoral no final da votação.
Enquanto o grande dia da votação não chega viveremos de especulações e de surpresas vindas dos três lados da campanha politica e partidária: do lado da direita, que usa as cores da camisa da seleção nacional de futebol como mantra já consumado; do lado da esquerda, que sempre usou o vermelho como destaque nas suas bandeiras e faixas em todos os seus feitos e do lado do centro, que ainda não definiu as cores que irá adotar nesta campanha, representando a terceira via.
De uma coisa todo eleitor, sobretudo o mais precavido, tem conhecimento: nenhum candidato consegue ser eleito antes de os resultados das urnas serem apresentados oficialmente e, até lá, muita água, não se sabe se será limpa ou barrenta, passará por baixo da ponte que abriga as próximas pesquisas eleitorais...
Quem viver, verá.