UM OLHAR OBSERVADOR
Geograficamente é um bairro feio, sufocante. Falo do bairro de Cosme de Farias, sub-distrito do bairro de Brotas.
A rua principal é apertadissima. Mesmo sendo estreita ficam estacionados corros em que seus donos não têm garagem para estacionar. Na mesma o movimento de carros e ônibus além de pessoas faz essa avenida virar um inferno. Chegando mais perto da praça
Vamos encontrar ambulantes vendendo horticultura.
Continuando na mesma trilha, de um lado e de outro tem comércio. Deslocando para praça avistamos uma a praça de aspecto indecoroso,
Esquisita. Uma praça pequena, sem nenhum cuidado. Nela fica o ponto de ônibus, uma igreja católica, uma quadra minuscula que só cabe quatro adolescentes para brincarem de futebol. Mesmo assim de gol fechado. Ainda na praça tem o busto de Cosme de Farias, patrono do bairro. No logradouro ficam aposentados, desempregados, durante a tarde ficam também estudantes que saem das escolas públicas estaduais e municipais. As mesmas ficam perto do rossio.
De um modo geral o fluxo de pessoas é muito grande.
É um sub-distrito periférico, uma parte dos seus habitantes passa necessidade, a pobreza em determinados pontos é gritante. Como não poderia deixar de ser esse local tem as facções criminosas. O tráfico de drogas.
Como ja foi comentado o espaço é por demais diminuto. Muito concreto, não por edifícios, mas por casas residênciais e comerciais.
No verão o bairro de Cosme de Farias fica insuportável justamente por ter um recinto ínfimo. A sensação é que o ar não circula. Para não dizer que esse sub-distrito não tem árvore, no logradouro existe duas árvores que ameniza o abafamento do calor sufocante.
Um ser mais sensível ao chegar a esse bairro tem vontade de sair correndo e esquecer que um dia passou por lá. Dá uma angústia ao observar todo aquela topografia, as pessoas que são resultado de uma desigualdade social tão característico do Brasil. Mas sobretudo quando aqui governaram na Bahia famílias oligárquicas.
Existem casas confortáveis para não ficar só nos problemas dos estratos sociais com dificuldades de sobrevivência. Tem o que se chama de classe média baixa.
Contudo, a visão de um visitante pouco afeito a uma percepção de uma paisagem como essa se sentiria depressivo.