A necessidade de não sermos nós mesmos...
Ele sempre teve uma necessidade imensa de ser engraçado. Era amado e odiado por isso. Ele estudou algumas obras que tratavam do assunto: humor. Sempre ecoava Rabelais: o riso é humano! E aconteceu com ele da mesma forma que disse David Foster Wallace, pois eu o apresentei a ela, e "ele fez uma piada, esperando ser apreciado". Ah, era isso, contava piadas para ser apreciado. O que eu não esperava era que "Ela riu extremamente forte, esperando ser apreciada". Cheguei mesmo a essa conclusão: o humorista e a plateia querem ser apreciados. O palco do teatro não se restringe àquele tablado onde fica o humorista, mas que se estende até à plateia, até à galeria. Todos estão interpretando um papel, em sociedade não há nenhuma pessoa real, todos, sem exceção, são artistas, personagens, humoristas, dramáticos, românticos, sátiros, etc.