O COSMO DO POETA
O COSMO DO POETA
Deus criou o mundo, caprichou em cada detalhe e quando acabou, procurou entre as criaturas, alguém que admirasse o que acabara de fazer, e mesmo o homem que fizera à sua imagem e semelhança, não percebia a perfeição da sua criação. Deus criou a mulher e ainda assim não notou muito entusiasmo por parte do nosso Adão, então como ultimo recurso, Deus escolheu alguns e deu-lhes um dom especial, ou seja, a capacidade de sentir o universo em seus mínimos detalhes, de forma que pudesse apreciar cada uma das suas criações. Assim nasceu o poeta, essa criatura cuja felicidade é medida por vetores que vão da tristeza à alegria, da dor ao alívio, do problema à solução, do horror à beleza, da morte à vida e assim por diante. O cosmo é o conjunto de tudo que representa uma entidade no universo em matéria ou energia, racional ou imaginária, de forma que o cosmo do poeta é talvez maior que o próprio universo que vive, pois foi o lado poético de EINSTEN, que inventou o tal universo paralelo, que teria as mesmas dimensões do nosso, para viver nele quando estivesse triste. Para facilitar vamos admitir que o cosmo do poeta seja o seu espírito, que como energia, poderá está em todos os lugares ao mesmo tempo e nem mesmo a imaginação pode limitá-lo. O poeta vê o mundo com lentes ampliadas, o que o torna um admirador natural de tudo que é belo em seus detalhes mais elementares e que às vezes passam despercebidos aos olhos menos atentos. Em uma homenagem a esse ser de sensibilidade extrema, e como poeta, resumi num poema, o que é e onde está o nosso espírito, intitulado “O Espírito do poeta”.
(texto extraído do livro POETA CRÔNICA E VERSOS de Jacó Filho”