Ester é o Seu Nome

Por Nemilson Vieira de Morais (*)

Domingo,15 de maio de 2022 (dia de visitação e culto em família) na Instituição Pai Resgatando Vidas.

Logo cedo, sem planejamento —, no tempo de Deus… aconteceu dois emocionantes resgates: de um homem e uma mulher —, em horários diferentes (foram os contemplados do dia).

Ao serem encaminhadas as meninas da Casa Rosa e, familiares de internos da chácara mais amada do Brasil, para visita e adoração dominical…

Pai Marcos ouviu um rapaz que há três dias dormia em frente a instituição até em capô de veículos (a implorar por oportunidade de tratamento da sua dependência química).

— Vendo nele, ferimentos num braço e abdômen, carecido de cuidados médicos, o resgatou; orientando o motorista do micro ônibus (que faz o traslado do pessoal) a encaminha-lo ao hospital de Iranduba.

Seguidamente, pelas ruas de Manaus em veículo caracterizado, o Marcos estava on, em live, com a Bia (voluntária da instituição).

Havia chovido na noite do sábado para o domingo e eles avistaram a frente duas mulheres num espaço aberto.

— Uma assentada ao piso, a jogar água-estagnada numa poça sobre o corpo; a outra, depois de uma noitada em uso de drogas, dormia em sono pesado, estendida sobre um papelão.

O Pai Pediu a Bia a chama-la, num convite a um café da manhã, com eles. A filmava de longe.

Ester é o nome da moça que, ao despertar do sono, receptiva atendeu prontamente a proposta da Bia, a demonstrar confiança, dependência…

Por meio da sua história podemos ver como Deus trabalha…

— Ao viver desde os 13 anos de idade no uso de drogas e agora aos 22, Ester, na noite anterior antes de dormir, havia rogado a Deus em oração, que o socorresse de tal situação. — Não aguentava mais aquela vida…

Mãe de 2 filhos (de pais diferentes), Ester fugira de casa por maus tratos do último companheiro.

Manauarense do bairro Dão Pedro, estava a vagar pelo centro da capital há 15 dias.

Na primeira infância Ester frequentava a igreja evangélica com a mãe, mas ela voltou à vida de bebedices e virou alcoólatra. "É uma folha jogada ao vento". — Como ela mesma diz.

Ester desde menina, morou próximo a uma boca de fumo e enveredou-se pelo mundo das drogas por curiosidade… ainda estudou até a quarta série e aprendeu a ler.

Fora encontrada ao relento, ao Deus-dará, sem o aconchego de um lar, somente com a roupa do corpo; desmazelada, descabelada, faminta…

Ester não se dava conta da providência divina haver chegado a ela neste domingo, na atitude acolhedora de Marcos. Um pai de amor, na terra.

Com o pai, a Sara (sua namorada) a Bia, um senhor que segue o projeto lanchou o alimento com muito gosto; todos lancharam apetitosos sanduíches x-caboclinho, ao final do dia teve 4 refeições.

Ao chegar à casa do pai, ganhou seu material de higiene pessoal, um banho, cheiro-de-rosas, vestimentas novas.

À tarde fora ao passeio de carro, Jet Ski, lancha… frequentou um flutuante sobre as águas do Rio Negro, comeu picanha, assada na chapa, brincou com criança e esboçou sorrisos...

À noite, à sua disposição, contou com um macio colchão com fofos lençóis, ar condicionado, um sono tranquilo, reparador.

— O carinho, os cuidados de um pai, na companhia dos irmãos de tratamento a família que mais cresce no mundo: Pai Resgatando Vidas de Manaus.

*Nemilson Vieira, Gestor Ambiental/ Acadêmico Literário.

(15:5:22)

Texto com base nas lives de Marcos Bastos.