A sanfona de Hegel
Os indivíduos de uma sociedade começam a desejar mais liberdade individual. Daí, promovem movimentos em prol da liberdade individual. E com o tempo cada indivíduo vai alcançando mais liberdade. E esta liberdade evolui para um individualismo exacerbado. Esse individualismo começa a receber algumas críticas. As críticas evoluem fazendo surgir movimentos contrários ao individualismo radical que impera na sociedade. Com o tempo, as críticas começam a fazer efeito e o individualismo começa a perder sua força, fazendo com que os indivíduos retornem à vida comunitária. A vida comunitária começa ganhar corpo, surgem algumas regras para proteger a coletividade. As regras se multiplicam e alguns indivíduos começam a sentir um incômodo, pois a liberdade perde força se submetendo aos desejos da coletividade. Da coletividade surge um grupo que administra as regras. Este grupo evolui para uma hegemonia, tornando-se superior às próprias regras. Começam aparecer as primeiras críticas ao autoritarismo do grupo dominante e o desejo por mais liberdade começa a ser requisitado. As críticas ganham força com a adesão de mais indivíduos. O autoritarismo da coletividade recebe críticas pesadas e muitos indivíduos que conseguem projeção na sociedade defendem com mestria a importância da liberdade individual. A força da coletividade começa a enfraquecer, o grupo dominante perde sua força e influência. Daí, os indivíduos conquistam mais liberdade e conseguem se expressar sem medo das acusações autoritárias da coletividade. E com o tempo cada indivíduo vai alcançando mais liberdade. E esta liberdade evolui para um individualismo exacerbado…