Sem Pretensão
CINCORDO que escrever é uma festa, como dizia Eduardo Galeano. Pode também, acredito, ser uma terapia. No meu caso virou vício.
Sim, sei que escrevo apenas arengas, desabafos, divagações de Véio cansado de guerra e, quem sabe, de velho que começou a caducar.
No entanto apesar dos senões e das gafes, além do samba de uma nota só saudosista, sempre tenho o cuidado de não descambar para a baixaria e nem para a pretensão. Tem mais: não me preocupa não ser muito lido. Confesso que sou grato e Ivo feliz quando pessoa que leem e que comentam minhas arengas. Mas não escrevo visando alcançar grande número de leitores. Jamais, por exemplo, vou deixar de emitir uma opinião porque vai de encontro ao que pensa a maioria. Nem ficar num assunto delicado para essa maioria. Digo o que penso. É o meu estilo, na escrita é na vida. Acho que escrever tem a ver com nossa consciência e caráter. Valores. Não vou nunca transacionar com minhas ideias para agradar a ninguém.
Quero deixar bem claro que não estou censurando a quem quer que seja. Acho que os que se distinguem é por mérito. Apenas estou ressaltando um ponto de vista pessoal. Sou um tipo empata-samba. Inté.