Urna Eletrônica
Tem-se criado uma grande polêmica sobre a urna eletrônica, que há muito tempo já funciona eficientemente no Brasil. Em recente entrevista sobre a confiabilidade do sistema, ouvimos uma opinião, que a comparou com o sistema bancário. Disse assim o entrevistado: "O fato de confiarmos no sistema bancário e nos funcinários que ali trabalham não nos impede de, eventualmente, consultarmos o nosso extrato." Admite que o sistema é confiável, mas se toda máquina é operada por pessoas, pode ali haver vulnerabilidade, por uma questão comportamental. É tanto que nos bancos adotam um sistema de ficalização, por maior que seja a confiança no funcionário. Quem tem o poder de decisão ou manuseia dinheiro, está sempre sujeito a uma fiscalização, em datas alternadas, de modo que o funcionário não preveja o dia que ele seja auditado. Assim, é mais uma garantia de segurança, pois, se o caráter falhar, ele será flagrado com "a mão do botija."
É exatamente por assim proceder a rotina bancária, que o funcionário não vai incorrer no risco, se for mal intencionado.
E aquele que é de fato honesto, ao ser também fiscalizado, chega a pensar: "parece até que todo mundo aqui é ladrão."
Para o Banco, não é disso que se trata. É uma forma de ajudar ao próprio funcionário entender que ali não há possibilidade de desvio de conduta. Se assim ocorrer, a punição é sumária: DEMISSÃO.
Ora, a matéria-prima dali é o dinheiro que não lhe pertence, mas a muitos.
Como numa eleição há muitos interesses, nada estranho que o sistema seja fiscalizado por correntes diferentes.