Singulares, mas nem tanto.
Pelo que conheço, poucas são as línguas que permite ambiguidade tal como o Português Brasileiro. Sim, Português Brasileiro, pois nos outros países, também de língua portuguesa, tal plasticidade não se observa.
Voltando... dizem que, como humanos, em relação aos demais, cada um é singular. A palavra significa único, ímpar... mas, olhando de perto ou mesmo em sentido genérico e similar, será que somos mesmos únicos em alguma ‘coisa’?
Eu, em meus processos de ponderações egoicas, apoiado em alguns teóricos e em especulações (muitas!), considero que não somos, em sentido específico (stricto sensu), únicos, em nada.
Primeiro, não existem estudos (longitudinais) que abrangem todos os humanos em todos os contextos e em todos os seus comportamentos para afirmar o fato como universal;
Segundo, na Natureza, os eventos, os fenômenos podem ser considerados diferentes/diversos, mas não únicos, singulares. Exemplos: a chuva é chuva em qualquer lugar. Mas pode ser formada e ter intensidades diferenciadas, por vezes próprios de um contexto. Ainda assim, em qualquer outro lugar, uma chuva, qualquer que seja a sua natureza, ela pode se repetir com as mesmas características. O mesmo pode ocorrer com qualquer comportamento humano, inclusive com as características físicas. Quem nunca confundiu um estranho, desconhecido com alguém familiar?
Então? – Na minha opinião: singulares, mas nem tanto.