VIDA QUE NUNCA DEIXAMOS DE REFLETIR.
VIDA, QUE NUNCA DEIXAMOS DE REFLETIR.
Essa semana dando aula de filosofia para os meus do nível médio sobre Grécia antiga, mais especificamente sobre o Oráculo de Delfos "onde acreditavam que era capaz de lhes dizer coisas sobre seu destino". O livro base que estou trabalhando é O Mundo de Sofia de Jostein Gaarder.
Foi a partir dessa aula que me questionei sobre até que ponto o destino tem influência ou não em nossas vidas.
Sim, essa vida é misteriosa, claro, não há nenhuma novidade nisso. Mas quando paro para pensar na minha vida enquanto ser existente fico perplexo diante da incógnita veracidade.
Aqui estou eu, gerado de uma mãe lavadeira, de um pai inexistente. Nasci no interior da Bahia no final dos anos 50. Além de provir de uma família em situação de pobreza, fui acometido pela paralisia infantil aos 4 anos de idade. Era mais um fator preponderante para enfrentar no decorrer da minha permanência as dificuldades por ela imposta, além de causar mais sofreguidão a minha mãe. Todos os meus quatro irmãos por parte de mae sem nenhum problema físico, mas o último filho de minha mãe foi atingido pela poliomielite.
Sim, a vida parece que elege cada um uma missão para cumprir ao longo ou curto período de existência nesse mundo.
Para os que não acreditam em predestinação respeito, mas assim como foi minha vida e de tantas outras pessoas que li suas biografias, onde só existe um nome, uma definição, predestinação.
Não nego que as nossas escolhas têm, e como tem influência em nossas vidas, porém, também, assim sendo chamo de missão. É só lê a biografia de Abrão Lincoln. Teve muita persistência por parte dele para chegar ao topo do poder político. Mas sera que essa obstinação não era algo de alguma forma pedindo para ele não desistir?
Assim foi minha vida, parecia que tudo estava perdido, de repente vinha uma luz para iluminar meus caminhos.
Foram muitos exemplos, contudo, dois bastam. Estava eu sofrendo na casa de minha irmã por parte de pai, (minha mãe ja tinha morrido, quando estava com 8 anos de idade) onde ela não tinha o mínimo zelo e cuidado para comigo. Me encontrava na rua perto da casa de minha irmã no povoado de Barreiras (Ba) chegou um homem, seu nome, Ari, um caminhoneiro, me pegou pelos braços e disse aqui você não fica mais não. Para ter essa atitude, creio eu, a comunidade circunvizinha já vinha observando toda minha situação.
Levou-me para a zona urbana de Barreiras e me entregou aos meus padrinhos. Acho também que ele já tinha algum contato com meus padrinhos. Os mesmos falaram com meu irmão por parte de pai aqui em Salvador.
Enfim, pergunto, se não tivesse tido esses seres iluminados, nobres em minha vida como teria sido o destino desse ser que relata essa experiência?