O dia que o futebol cearense recebeu um gigante da América do Sul

Quando Alcides Santos fundou o Fortaleza em 18 de outubro de 1918, não imaginava que o Leão do Pici estaria na maior competição de clubes da América. Jogar a Libertadores é um sonho que virou realidade. Cedo demais para um clube cearense viver essa experiência? Acho que não. Pode ser que ainda não tenha estrutura para fazer uma excelente campanha, mas fincar a bandeira cearense nesse torneio é histórico, depois de mais de 103 anos. Que venham mais vezes nessa disputa, que venha o rival alvinegro, que mais e mais vezes ouçamos o nome dos nossos clubes alencarinos viajando pela América do Sul.

O dia 05/05 o River Plate, quatro vezes campeão, de Galhardo e de craques Julián Álvarez, Barco, Pochettino, Enzo Pérez estará às 19h pisando e jogando no gramado da Arena Castelão. Contra o nosso time local do também argentino Vovjoda e outros estrangeiros como Ceballos, Depietri, Romero. Num duelo que vale a classificação para os Milionários e a sobrevivência para o Tricolor de Aço.

Quem estiver lá, entre mosaicos e cantorias, festas e vibração poderá contar para a posteridade como foi mergulhar num jogo desses marcante. Aqui já tivemos Copa do Mundo, os maiores craques brasileiros e estrangeiros já pisaram nesse solo, como as seleções da Itália, Alemanha, Espanha, Uruguai. Mas nada é tão importante do que nossos clubes vivenciando um torneio dessa magnitude.

As narrações dos nossos cronistas de rádios locais e streamings locais também algo a ficar na memória, Torcida K, Verdinha, Futebolês, Anastácio de Castro, Rafael Tavares e tantos outros que estarão lá fazendo a crônica. Claro os fotógrafos, repórteres, todos juntos vivendo um momento mágico. Para o torcedor mais otimista, a vitória seria sensacional. Mas para o torcedor realista, vale sim viver essa noite sem se preocupar apenas com o resultado, mas sim com o contexto de receber essa equipe grandiosa do futebol argentino.