MERITOCRACIA BOLSONARISTA
É digno de honrarias no Palácio do Planalto e de indicação para as cinco mais importantes comissões da Câmara de Deputados todo e qualquer indivíduo que:
- roubar o carimbo de uma médica para forjar atestados falsos que justifiquem suas longas ausências (remuneradas) ao trabalho;
- ingressar na PM do Rio de Janeiro e, em apenas cinco anos de carreira, colecionar 26 prisões, 54 detenções e 14 repreensões;
- ainda na PM-RJ, obter a seguinte anotação em sua Ficha de Registro: "Cristalina sua inadequação ao serviço policial militar, mesmo tendo recebido inúmeras oportunidades, confirmando ineficiência do caráter educativo";
- quebrar uma placa de rua que homenageava uma pessoa que simbolizava a luta contra o racismo, contra a pobreza, contra os policiais mancomunados com as milícias... e que, por isso, foi covardemente assassinada;
- aproveitar-se de função com "foro privilegiado" para denegrir a imagem do Supremo Tribunal Federal (principal pilar da democracia) e ainda jurar de morte determinados magistrados...
(A covardia tem inúmeras nuances).
Todos sabem o Daniel a que me refiro, mas também foi digno de "meritória" promoção (uma diretoria representativa do Brasil no Banco Mundial) o mais incompetente dos ministros da educação que o nosso país já viu e que também achou por bem atacar o Supremo.
Todos sabem do Weintraub a que me refiro, mas continua presidente da Fundação Cultural Palmares um indivíduo de cor negra que repudia a cor negra e os afrodescendentes; que deveria proteger e promover a cultura de temática negra e se esquiva; que critica todo movimento negro tradicional, tratando-o como "deletério e maligno"; que nega a existência de racismo no Brasil; que defende que o crime de racismo deve ser aplicado principalmente para quem ofende os brancos...
Nem precisa lembrar o desastre - ridículo e humilhante - que teria sido se o embaixador brasileiro nos EUA fosse quem os bolsonaristas gostariam que fosse... Um tal de Edu árduo ! . . .
Meritocracia, bolsonaristicamente falando, é a resultante de uma profunda avaliação que certo indivíduo (posto como referência) faz ao avaliar os seus pares.
Maus avaliadores só atraem malfeitores.