GAME OVER
Lembro de quando eu fugia das vistas da minha mãe junto com os meus tios mais novos, Marivando e Tom, para jogarmos fliperama num salão de jogos que tinha perto da casa da minha vó Marly. Gostava desse pequeno ato de rebeldia, do meu instante de liberdade!
Comprávamos as fichas e inseríamos na máquina, selecionávamos o jogo Mortal Kombat e eu escolhia a Kitana como minha personagem de luta e duelava contra eles, é claro que eu sempre perdia, mas eu adorava estar ali. Porém o riso fugia de nossos lábios quando o tempo acabava e era aí que a “nossa ficha caia” e tínhamos que voltar para casa e encarar a bronca da minha mãe.
Por infelicidade do destino, eles foram golpeados pelo “fatality” da vida, um após o outro, por diferença de poucos anos. E me deixaram como herança o gosto por vídeo game, e só agora eu entendo a minha fissura por esse jogo, é sempre a minha escolha quando tenho oportunidade.
Para eles, foi “game over” e para mim, “play again”.