LIÇÃO DAS ROSAS

Prof. Antônio de Oliveira

Alguém que lera minha última crônica diz ter saboreado cada palavra da reflexão proposta, principalmente as frases finais:

Uma rosa é uma rosa, é uma rosa, é uma rosa.

“Rose is a rose is a rose is a rose”.

Nesse poema, a primeira Rosa é o nome de uma pessoa.

Por falar em rosas, diz o leitor, dando uma de coautor, o que muito me honra.

Minha filha caçula de quatro irmãos, chama-se ROSAna.

Pequenina, moreninha, tinha olhos e cabelos negros.

Quando nasceu, seu nome foi decidido de última hora.

Não havia ultrassom e pensávamos que seria um menino.

Até as roupinhas cor de ROSA foram compradas de última hora.

Ainda criança promovemos, carinhosamente, uma apócope em seu nome e passamos a chamá-la ROSA.

ROSAaaaana! Só nas repreensões.

Contrariando Cartola, nossa ROSA é bem-falante.

Muito prestativa, carinhosa, caridosa e superamiga, mas tem o pavio curto.

Não pisem o pé dela.

Aí vem o “booling” doméstico.

Quando está triste, dizemos:

ROSA está amarela; quando leva um susto,

ROSA fica branca; quando está com raiva,

ROSA está vermelha. E assim vai.

Muitos adjetivos e outras cores.

Certa vez, quando era criança, brigou com os irmãos e resolveu fugir de casa.

Preparou uma mala e anunciou:

– Vou embora porque ninguém gosta de mim.

O irmão mais velho preparou um sanduíche e recomendou:

– Leva para você comer quando sentir fome.

O segundo deu-lhe o seu ATARI.

– Pode levar, eu sei que você gosta.

A irmã, com quem dividia o quarto, ofereceu-lhe sua mais nova boneca.

O cheque-mate foi dado pela mãe, que lhe entregou um casaco, dizendo:

– Põe na mala, porque de noite vai fazer frio.

Ela, caladinha, abriu a mala e recolocou tudo de volta no armário.

Aí eu perguntei: – Resolveu ficar? Sim!

Todos gostam de mim e esse sanduíche está muito bom!

É assim a minha ROSA, hoje paragogeada de ROSICLEIDE, em inglês, ROSICLEITH.

Antônio Oliveira MG
Enviado por Antônio Oliveira MG em 02/05/2022
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