POUCOS DIAS DEPOIS DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER
Prof. Antônio de Oliveira
Passamos os últimos dias lidando com o substantivo comum, rosa;
e o substantivo próprio, Rosa.
Visualizamos as cores das rosas. Sentimos o perfume da rosa.
Rosa, que ainda é um presente apropriado para a oitava do Dia Internacional da Mulher.
Beth Carvalho, homenageando Cartola:
“Foi a rosa, nem flor nem botão
Essa rosa chamada mulher”.
Cartola chorou no dia em que semeou a poesia.
Com as rosas, das rosas e do amor.
Em San Diego, Califórnia, minha esposa e eu fizemos o trajeto de um ônibus urbano, no fim da tarde, quando a motorista seria substituída por um motorista. Sim, detalhes especiais: O dia estava frio. A mulher, digo, a motorista estava impecavelmente uniformizada, o que lhe caía bem. Fitness é palavra de ordem no inverno, no charme do frio. Mas o detalhe mais delicado estava por vir, digo, por ver. Do lado direito da motorista, uma jarra adaptada um pouco acima do nível do volante; dentro, uma rosa natural num pouco d’água, no centro do vidro dianteiro. Em certa altura ocorreu a troca de motoristas. A motorista, sem perder o charme, apanhou de dentro da jarra a rosa ainda fresca. Em seguida, de frente para os passageiros restantes, dirige-lhes ligeira despedida:
– “I hope to see you tomorrow!”
Finalmente, apenas uma comparação. Por circunstâncias históricas, ou talvez até por natureza, a mulher tem sido mais voltada para o seu íntimo e para o íntimo dos outros e das coisas. Em suma, para o interior, mais sensível; o homem, para o exterior. E não é que o reino dos céus está é dentro de nós? Coincidência? “Regnum Dei intra vos est.