Pão com linguiça globalizado

 

Aluu! Iterluarit kumoorn meus caros 23 fiéis leitores e demais 36 que de quando em vez aparecem aqui pelo meu planeta literário a fim ler saborosas crônicas matinais. Ajunngilla?

 

Só vim agora de manhã por que acordei hoje, após 12 horas dormindo desde às 16 horas de ontem, com uma baita fome e tomei um café preto bem brasileiro com pão francês (feito em Charky City), linguiça alemã e margarina dinamarquesa. Eita mundo globalizado! Tu acordas e dá bom dia para o mundo, num café sociológico e geopolítico.

 

Aqui, na paz de Charky City, este Bacamarte dorme horas e mata sua fome. Passei 36 horas ligado devido aos incômodos causados por minha nora grávida que mora aqui em casa, acordando o Toninho Júnior para satisfazer suas vontades e desacomodando a família toda. Nem conto pra tuzes! Aliás, contarei sim, mas não hoje, deixo essa arquivada para outro dia. O fato é que este velho Bacamarte já não é mais o mesmo e, após 36 horas de vigília, dormiu 12 para recuperar o atraso. Acordei pela manhã varado de fome!

 

E matando minha fome, fiz uma experiência sociológica e geopolítica, observando o mundo globalizado afetado pela Guerra na Ucrânia: os brasileiros pagam mais pela gasolina e pelo pão, os franceses tiveram sua eleição definida, em parte, pela posição de Macron no conflito, os alemães preocupados com o fornecimento do gás russo e os dinamarqueses com as barbas de molho, pois a Rússia ameaça Suécia e Finlândia, seus vizinhos, se entrarem na famigerada Otan. Do Ocidente ao Oriente, do Norte ao Sul, ninguém escapa dos acontecimentos globais. Os EUA só não faz com a Rússia o que fez com o Iraque porque sabe que Putin, ao contrário de Saddam, tem armas nucleares e com uma apertada de dedo risca o Tio Sam do mapa.

 

Eu acho que todos os que tomam partido nessa infeliz guerra, dizendo algo que não seja pela paz, deveriam ser mandados para a siderúrgica de Mariupol para palpitarem de lá, com conhecimento de causa. Uma guerra é como uma briga de trânsito: o melhor é evitá-la, pois, depois que começa, pode dar qualquer coisa. Ninguém, por vários motivos, é santo nessa história: russos, ucranianos, americanos, europeus, todos tem culpa no cartório pelo início do conflito, com a ressalva de que são os ucranianos que vivem o horror da guerra e morrem e os russos são os invasores.

 

Os russos deveriam parar a invasão, os ucranianos desistir da Otan e de combater os separatistas russos e a Otan, os europeus e os americanos deixar de mandar armas para os ucranianos. Do jeito que está, seguimos ou para a aniquilação da Ucrânia e seu povo e para a bancarrota da Rússia ou para a Terceira Guerra Muncial. Nenhuma das opções é interessante para a paz no mundo em que, toda década, tem uma guerra em algum lugar. Não esqueceram da Síria e de outros por aí, né?

 

Buenas, terminado meu café penso em comer uma Marta Rocha brasileira para finalizar. Antes vejo a diabetes: 300! Não, não dá para comer a Marta Rocha hoje, é um pecado que não me pertence, uma doçura a mim alheia. Vamos ao cloridrato de metformina. E a Guerra da Ucrânia, qual o remédio? Sei lá. Mas espero que venha logo, para que o mundo continue a existir...

 

 

Qujanaq por terem dado uma passadinha por aqui hoje. Takuss"!

 

 

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Era isso pessoal. Toda sexta, às 17h19min, estarei aqui no RL com uma nova crônica. Abraço a todos.


MAIS TEXTOS em:
http://charkycity.blogspot.com

(Não sei porque eu ainda coloco o link desse blog, eu perdi a senha e não atualizo ele há séculos. Até eu descobrir o motivo pelo qual continuo divulgando esse link, vou mantê-lo. Na dúvida, não ultrapasse, né. Acho que continuarei seguindo o conselho que a Giustina deu num comentário em 23 de outubro de 2013: "23/10/2013 00:18 - Giustina
Oi, Antônio! Como hoje não é mais aquele hoje, acredito que não estejas mais chateado... rsrrs! Quanto ao teu blog, sugiro que continues a divulgá-lo, afinal, numa dessas tu lembras tua senha... Grande abraço".)

CARTA ABERTA aos meus caros 23 fieis leitores: 
https://www.recantodasletras.com.br/cartas/3403862

GLOSSÁRIO KALAALLISUT:
Aluu - Olá.
Iterluarit kumoorn - bom dia.
Inuugujaq - Boa tarde.
Ajuungila - Como estão?
Qujanaq - Obrigado.
Takuss' - Até mais.

Antônio Rollim Fernando de Braga Bacamarte

Antônio Bacamarte
Enviado por Antônio Bacamarte em 30/04/2022
Reeditado em 01/05/2022
Código do texto: T7506230
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