Crimes virtuais...
Acredito que a sociedade deva iniciar um movimento de conscientização e pressionar nossas autoridades no sentido de criar novas exigências para o uso da internet. Os argumentos de privacidade e liberdade esbarram na facilidade com que criminosos estragam vidas alheias sem nenhuma, ou quase nenhuma, chance de defesa. A pessoa correta não teme, por exemplo, identificar-se em uma lan house ou mesmo em um site bancário com CPF ou IFP, desde que isto possibilite a polícia técnica em crimes virtuais isolar um criminoso. Hoje, cometem delitos e escondem-se nas sombras dos bits. Autoridades, juristas, engenheiros de informática, empresas de computadores e softwares, precisam criar ferramentas de proteção ao cidadão honesto e correto, mesmo porque não podemos mais evitar nossas vidas na malha virtual, seja nos bancos, nos computadores dos governos, no comércio, na Receita Federal. Evitamos nos expor, ficamos na ilusão de que conosco não vai acontecer, como as doenças, acreditamos que só acontece com os outros, até que a casa cai e sentimos na pele a dor e a impotência de uma difamação, de um roubo virtual ou mesmo um assassinato. Nós, humanos, criamos a máquina, o micro; é uma ferramenta do nosso tempo, soluções do nosso tempo, problema do nosso tempo. Não adianta fugir, fingir que não existe, usar só caneta bic; temos é que exigir das autoridades que se debrucem no problema. Criamos o monstro, temos que dominá-lo com inteligência e agilidade. O descrédito na confiabilidade do sistema pode inviabilizar uma das invenções humanas mais fantásticas com fins nobres, mas dominadas por mãos criminosas.