SOBRE O CINZA EU PINTO O AZUL

Todos os dias, nem bem o sol me sorri lá do céu, minha primeira reflexão, após orar em gratidão, é transformar a tristeza em alegria, as lágrimas em sorrisos, a saudade em álbum de boas lembranças que ficaram no lugar de quem se foi. Assim, diariamente eu tento mudar as cores do novo amanhecer, sobre o cinza pintando o azul, no escuro despejando o laranja, repintando o vermelho com o lindo colorido só ver e amarelo.

Aspiro o ar puro oriundo do cerrado nas proximidades do condomínio onde moro, deixo o sol me abraçar e a brisa beijar-me o rosto enquanto me inclino às portas da vida. Então, sabendo o quanto os dias são desafiantes, que cada hora representa momentos a mais na jornada da existência, busco aproveitar os melhores ângulos, as mais ansiosas esquinas, as ruas mais cheias de humanidade e as faces mais simpáticas dos transeuntes para moldar-me aos eflúvios de felicidade sobejantes em tantas diferenças.

Quisera, a partir desse então, entender a linguagem dos pássaros, os motivos para flores exalarem os muitos perfumes, o por quê de as folhas farfalharem como se embaladas numa exuberante valsa somente escutada por elas. Pois, curioso e buliçoso que sou, aprecio descobrir os mistérios e seus encantos, os horizontes desconhecidos e longínquos, as veredas condutoras dos novos destinos. Talvez entre essas diversidades eu encontre o sentido e a razão dos senões.

Almejo sim abrir as portas para me deparar com o amontoado de coisas que ainda não vi e não sei, alçar o olhar ao longo daquelas estonteantes paisagens plasmadas pela santa mão do nosso santo Criador, Senhor, Pai e Salvador Jesus Cristo. Ele é a grande e maravilhosa descoberta feita por minha alma, meu espírito, meu corpo e minha consciência. Sair ao Seu encontro sempre foi, é e será a melhor e mais pura jornada encetada por minha vida.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 29/04/2022
Código do texto: T7505582
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