Apelo à morte!
Apelo à morte!
Nunca ouvi dizer que desse certo, mas faço como desabafo.
Desde ontem estou indignado. Foi logo cedinho, o João Vilela, na Rádio Cancella, me avisou: João o nosso amigo morreu! Não quis acreditar.
O meu amigo é menino, idade das minhas filhas, cresceram meio que juntos. Tem o dom, herdado da família, de tocar viola. Catireiro de dar arrepios.
Aí, vem a desavisada e o leva no meio do caminho... não tá certo!
Corta o coração a dor muda do pai debruçado sobre o caixão. Não há consolo, alento
para o pranto da mãe, ao olhar ali, inerte, seu bebe!
Ah! ingrata... suplico, imploro, rogo, do fundo de minha vida, apelo a ti, morte, não leves um filho antes dos pais!