Eleições na França, um exemplo para o mundo
Nunca estive lá, então não posso falar como é o cotidiano da vida dos franceses, o que conheço sobre eles, vem de informações que consigo lendo os jornais e assistindo televisão, ou por outras mídias.
Mas, confesso que fiquei admirado com o comportamento da população, e principalmente dos candidatos, na apuração dos votos nesta eleição, ocorrida neste domingo, dia 24.
Assistindo à apuração dos votos daquele país, por um canal de televisão - o que vi - foi um evento, transcorrido em total normalidade, de forma polida e muito educada, de ambos os candidatos, apesar de totalmente divergentes em suas ideias sobre projetos de governo.
Alguns minutos antes do final da contagem dos votos, confiando apenas nas projeções, a candidata Marine Len Pen, considerada de extrema direita, admitiu a derrota, e com um discurso muito civilizado; afirmando que continuaria sua luta em prol do povo francês, sem renunciar à suas convicções, ressaltando que ter conseguido apenas 42% dos eleitores (fonte G1), não deixa de ser para ela uma vitória, já considerando que estará nas próximas eleições.
Por sua vez, Emanuel Macron, vencedor com 58% dos votos (fonte G1), reeleito por mais cinco anos, fez um discurso de posse, breve e objetivo, num palanque montado no Campo de Marte, tendo como fundo a Torre Eiffell), e seus eleitores, no calor das comemorações, ensaiaram vaiar a candidata derrotada, mas, como um bom líder, ele imediatamente dirigiu o seu discurso aos seu correligionários - impedindo à ação: percepção de um líder político com experiência e que respeita seus adversários – Em seguida declarou ser “um presidente de todos, e de todas”, e que governará neste próximo mandato, tendo entre outros projetos , abraçar a bandeira ecológica do mundo, inclusive a energia limpa, e que seus projetos sociais deste segundo mandato virão para melhorar a vida de todo povo francês, sem esquecer dos seus laços com a comunidade Europeia.
Como se constatou à apuração dos votos, ocorreu em um clima de confiança nas instituições democráticas daquele país, e principalmente nas urnas, sem nenhum questionamento, ou qualquer forma de insulto!