Preto no branco

Se o intuito fosse aparecer na sua tela, eu falaria do Mandela ou mesmo Pepetela.

Mas não, falo daquele que morreu na cela sem alimento ou dignidade.

Daquele que é esmagado como se fosse qualquer gado, o que não pôde cer a tal da liberdade .

Levanto o meu véu e vejo sua cabeça como troféu, feito refém no seu próprio lar e feito de escudo na batalha .

Arrancam o seu ar e dão aos seus de prenda, exprimem o seu coração e a ampulheta ainda intacta, será que essa dor acaba?

A ideia não é de passar pelo seu celular, mas te fazer perceber que nada se resume a ele. E hoje és destruído como se causasse algum ruído, menosprezado como se fosse um ser possuído.

Nunca mais nos pertencemos .

Queria fazer igual ao Martin Luther King jr, reunir o máximo de pessoas para me escutar, mas para tal talvez eu tenha que me suicidar e assim talvez procurem saber sobre a falecida.

Não falo só do negro que foi escravo, mas também do negro que foi feito de parvo.

Para você que está lendo deveria me ouvir falar,essas palavras são o hino de liberdade pra quem sabe e um soco no estômago para quem não sabe.

Mas à quem eu quero enganar?

Não há não saiba do preconceito, mas sim quem não queira acabar com ele.

Talvez isso tudo seja o efeito da maconha que fumei na semana passada depois de ter ficado passada ao ver tanta barbaridade na TV.

Tento acabar com esse conceito de que negro não merece respeito e sei que isso não sairá do seu peito, então faça o mesmo.