UMA VOZ INCONFUNDÍVEL

Em uma loja do Hiper Bom Preço, em Natal, enquanto procurava um produto, em uma das prateleiras, ouvi uma voz familiar vinda de uma secção vizinha a que eu me encontrava. Parei para escutar melhor e aquela voz mostrava ser muito bem conhecida. Não tive dúvidas e fui na direção de onde a voz vinha. Logo, logo, pude ver que duas moças conversavam sobre os produtos que estavam a escolher e que uma delas era uma colega, dos tempos que fiz meu Mestrado em Recife,

que fazia alguns anos que eu não via. Abordei-a e demonstrei a grata satisfação de tê-la encontrado, sem deixar, claro, de contar como havia detectado sua presença. Ela correspondeu em graça e alegria, até porque éramos muito ligados na época da pós-graduação na Universidade Federal Rural de Pernambuco. Relembramos alguns momentos passados e, à medida que nossa conversa transcorria, resolvi perguntar o que a trouxera a Natal. De pronto ela disse que viera, com a colega, que já havia me apresentado, para um concurso público na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. O resultado disso foi que levei-as de carona até à universidade para onde eu já ia cumprir as atividades do segundo expediente daquele dia. Na despedida, deixei claro que nunca a esquecera e a prova disso era que pude identificar sua presença, em um dos corredores do supermercado, valendo-me apenas da sua voz inconfundível.