EDUCAÇÃO: O CAMINHO DA AUTONOMIA
Durante as últimas semanas muito se leu nos jornais que circulam em nosso município, notícias voltadas para o meio escolar, ou seja, o foco da mídia está voltado novamente ao sistema educacional trazendo à tona vários problemas existentes e por falta de entendimento entre os órgãos competentes torna-se difícil vermos soluções serem encontradas para sanarem de vez as deficiências desse sistema tão sacrificado e tão injustiçado, mas quem sabe de repente não surja uma idéia brilhante e tudo seja resolvido a contento.
Mas por que o destaque de tal assunto? Há duas semanas atrás no jornal Panorama li na coluna “EDITORIAL” sob o titulo “De usuário a criadores” a respeito de uma iniciativa da FACCAT, ou seja, um projeto inovador de uma unidade móvel para levar a tecnologia à rede de ensino da região. Tudo indica que é algo muito importante para a comunidade escolar e que tem como alvo direto “o aluno”, com o objetivo de incentivá-lo a criar, pesquisar, enfim estar em contato com a tecnologia, força vital do mundo moderno, é isso aí que precisamos.
Muito bem, continuando com as leituras feitas em nossos jornais me deparei com um artigo escrito pelo nosso então ex-ministro da educação Sr, Cristóvam Buarque “Agora, imaginei” – o artigo é escrito em forma de fábula, como se estivesse falando de um sonho, como por exemplo ...”Imaginei o fim da desigualdade na qualidade da educação no nosso país, e que a escola dos pobres seria igual à escola dos ricos (...) e assim segue o texto até chegar ao final, quando ele faz uma crítica relevante ao presidente do Brasil e seus governantes a respeito de um pacto em torno de um projeto para a realização da Copa do Mundo em 2014, ou seja, para a educação nada, para o futebol tudo, foi o que eu entendi.
Pois bem, por um lado estamos vendo pessoas preocupadas com o jovem que num futuro bem próximo poderá ser um representante do povo e para isso precisará ter o conhecimento necessário e estar apto para exercer uma profissão ou algum cargo representativo e, é claro, para que ele consiga alcançar esses objetivos, será preciso buscar através da educação formal, os conhecimentos básicos para sua formação, esse é o caminho, não há outro.
Por outro lado assistimos o descaso com nossos alunos e professores, como por exemplo sobre o artigo comentado acima. O que podemos fazer para que nossos alunos tenham motivação para seguir em frente mesmo sabendo que não é um “certificado”, (ou como ouço às vezes, “o que eu quero é o canudo e nada mais”) que comprova sua aptidão, sua capacidade num mercado de trabalho tão globalizado do mundo atual e sim a formação continuada, a especialização.
Estamos começando mais uma transição política, novas eleições municipais e será que as pessoas envolvidas nesse meio estão pensando nessa gama enorme de jovens estudantes e futuros profissionais do nosso município? (PUBLICADO NO JORNAL PANORAMA DA CIDADE DE TAQUARA-RS 23/11/2007)
Prof. Clair Wilhelms.