A invisibilidade social dos idosos e as moderníssimas gerações Y e Z...
Em cada cômodo de nossos "lares" ainda restam caixas de bombons, coelhinhos, barras e muitos ovos de chocolate da última Páscoa. Mas a Palavra de Deus continua quase hermeticamente fechada num App qualquer...
...E tal absurda veneração e abundância de chocolate veio para comemorar o quê, mesmo?
Embora ainda umtantoquanto desengonçado e ou abstratamente, nisso quero acreditar, eu também penso um cadinho antes de cravar a caneta num naco de papel qualquer.
Incrível isso! Quando mesmo assim, do meu jeito pensando, mal consigo discernir realidade de sonho, ideal e ilusão... Muitas vezes fico a me indagar se ainda existo, seja poética, crítica ou secularmente, até mesmo porque sinto cada vez mais o peso da invisibilidade familiar e social... E isso, acreditem, doi-me mais que espada em brasas dilacerando as carnes de alguém. Mormente a invisibilidade familiar! Quando nada mais que nossas parcas rendas ou pecúlios previdenciários continuam sendo paquerados nos "lares" da hipócrita modernidade familiar.
Sobre isso ainda consigo escrever algumas poucas linhas sem me revoltar completamente... Então, imaginem se eu ainda pudesse submergir livremente nas minhas concatenações mentais.
Infelizmente, primeiro morrem os amores, depois os sonhos, os ideais e a vontade própria. Mas só depois, beeeeeeeeem depois dessas graduais derrotas pessoais, esfriam-se-nos as boas e quase vitalícias amizades...
...Provavelmente sejam esses os vitaliciamente imaginados e mais ainda temidos indefensáveis golpes de misericórdia, que indistintamente todos nós sofreremos pouco antes de morrer completamente.
Apenas uma duvida se me persiste: Nesse inexorável processo de nascimento, educação, vivenciamento social,mamadurecimento, envelhecimento e morte, aonde mesmo teria ficado o tão decantado e milenarmente poetizado amor fraternal?
Assim meio que furtivamente costumo observar a natural agitação e ou isolamento social dos jovens e dos transeuntes em geral; quando então mais ainda me corroem a mente e o coração saber, piamente saber, que absolutamente nada a eles positivamente acrescentaria eu explicar-lhes pormenorizadamente onde acertei e onde falhei no transcorrer da minha vida. Isso porque eles simplesmente nao escutam nada que nao lhes interesse momentaneamente. São consumistas por excelência! E não apenas de bens materiais, embora isso quase naturalmente limitado a smartfones, roupas e calçados de marcas famosas (ou imitação delas...), mas insaciáveis consumistas da própria vida, drogas e natureza. Em absoluto, não seria culpa exclusiva deles não quererem ser aconselhados por ninguém, nem mesmo por seus pais, mas apenas pelas extravagâncias digitais, onde nascem já quase doutores, mas nunca ouviram falar de acordos ortográficos internacionais, gramática, sintaxe, dicionários, etc, etc, etc... Quando assim se comportando representam fielmente os terríveis efeitos da catastrófica evolução (ou libertinagem...) social que vivemos nestes primórdios de terceiro milênio da Era Cristã. Aliás, nem seria loucura alguma afirmar que a maioria esmagadora dos jovens modernos não armazenam sequer um quarto da maturidade, conduta pessoal e amor familiar daqueles do século passado, eles que ainda teimam porque teimam em seguir vivendo em nossa memória e coração, e assim colidem com os que foram gerados e criados nos "modernos" ambientes de total libertinagem familiar, educacional e social. Naturalmente existem exceções... mas o termo diz tudo: exceções.
Então, mas que tal a natureza humana avançando de marcha a ré em termos amorosos, racionais e morais? Sem esquecer que temos eleições bilionárias a cada biênio, talvez mesmo para mantê-los assim, libertinos.
Por favor, pra quê essa expressão de descontentamento com meu texto superficialmente crítico? Nem falei do consumo de drogas... Aliás, que eu saiba, e mui provavelmente ninguém dos que leram da terceira linha até aqui poderia ser chamado de "milênio", ou millenials, pois isso também não é da natureza deles... Estou certo, colegas "coroas" ?!?
Sinto muito.
#ArmenizMüller.
...Oarrazoadorpoético.