Um retrato de amor
Levantei acampamento.
Deixei-me!
Fui embora do meu coração.
Amanheci sem dores.
Amargores e tristezas.
Pensei.
Estou bem!
Foi quando...
O sol da manhã me mostrou. Estais sós!
Nascia ali um super-herói.
Um ser além-do-homem – um nietzschiano.
Mas, como qualquer um desses – efêmero.
E, logo, em segundos, a tragédia.
A derrota e o sofrimento pelo amor perdido.
Desmascaro-me, e inconcebivelmente não consigo me abolir do amor.
Naturalmente, me levanto vou até meu coração e pergunto:
Por que me faz assim?
Furto-me em responder, e ocultamente não me deixo iludir por aquilo que na verdade sou.
Incompleto, não me realizo sem o outro, sem a vida amorosa e afetuosa, sem o amor despojado que um dia alguém me ofereceu, sem nada em troca.
Me pedi desculpas!