UMA TENTATIVA MEDÍOCRE
O ser humano no arfar de suas invenções e criação espontânea é algo extraordinário e sensacional, diferentemente de outros animais que fazem o mesmo ritual próprio durante toda a sua existência passando para seus descendentes o que conseguiram se ajustar. Apesar das adaptações fazerem parte do processo da vida como a conhecemos, poucas ou quase nenhuma espécie toma outros rumos de uma hora para outra. A espécie que não emplaca nesta necessidade processual simplesmente deixa de existir, que o diga Darvin. Pois bem, agora que introduzimos uma linha de raciocíneo vamos a ideia principal. Vou me referir em particular a nossa língua pátria, o belo português, falado por mais de 280 milhões de pessoas no planeta como sua lingua oficial, sendo a 5ª mais falada no mundo! Não devemos esquecer que o português é uma das línguas oficiais da União Européia, Mercosul, União das Nações Sulamericanas, da Organização dos Estados Americanos, da União Africana e dos países Lusófonos. Aonde estará tentando chegar este camarada? Talvez seja esta a pergunta que o leitor deva está fazendo agora neste ponto. Responderei em seguida.
Devo deixar claro diante mão minha indignação com algo que já contamina alguns indivíduos que se julgam e se reconhecem como cultos, ao menos se acham assim. Uma tentativa medíocre da inseminação de um código de linguagem neutra e subversiva em nossa língua, visto em nosso país majoritário em falantes do português. A língua culta amparada pela norma culta pertencente a um padrão oficial de um determinada país, e a língua padrão, ou seja, significando a forma de comunicação entre a população em geral e de forma pública para melhor compreensão, aquela emitida no cotidiano e compreendida por todos, está nos últimos tempos ameaçada. Não falo aqui de sotaques nem regionalização, fato que enriquece sobremaneira nossa cultura mas, de uma modificação intencional. Uma tentativa clara de destruír, causar anarquia nos padrões gramaticais, sendo estes últimos justamente que indicam o uso correto de uma língua normativa! A ruptura absurda e sem sentido ético ou moral da fonética como estão forçando, é uma procura insensata pela imposição aberta e velada de uma ideologia minoritária a família de nossa língua, cuja raíz da família vem das línguas indo-européias, incluindo as itálicas francesa e espanhola.
Uma tentativa descabida de assassinato e empobrecimento da fonologia, aos sons da fala em seus comportamentos e organização compreensível na morfologia com argumentos e justificativas inergúmeras quanto a estruturas e formação destas pseudo palavras, sem nenhum conexo oficial com as 10 classes gramaticais que conhecemos e aplicamos para uma perfeita comunicação como adjetivo, conjunção, substantivo, preposição, pronome, verbo, advérbio, artigo, numeral e interjeição. Uma verdadeira imoralidade, verborragia vazia e meramente com o intuito de trazer as luzes e holofotes para estes fanfarrões de meias palavras. Fico a imaginar a complicação para a comunicação e compreensão na linguagem de Libras por parte dos surdos. Vejo aqui nesse espaço literário textos produzidos por alguns "poetas" e comentários em ditas e famigeradas palavras. Não sou neutro, sou conservador com minha língua pátria e também com minha língua mãe. Também vejo professores universitários fazendo uso desse expediente comunicativo. Fico extremamente triste de vê pessoas com certo grau de influência agindo e se alinhando com essa imposição mas, também é compreensível até certo ponto, senão vejamos de uns tempos para cá quais foram as indicações para os imortais da Academia Brasileira de Letras? Sinto falta de Quintana naquela outrora e respeitável entidade maior e guardiã de nossa língua. Provavelmente a maior injustiça da história da Academia. Vai entender o que se passa neste país em tempos onde tudo pode! Explica aí Gil..."Todxs" entenderam?