A SABEDORIA DOS ANTIGOS ("Nada se pode criar num lado senão à custa da dissolução no outro." — Bertrand Russell)
No emaranhado de caminhos que compõem a vida, há momentos em que nos deparamos com situações inusitadas, capazes de despertar a curiosidade e fazer refletir sobre os desígnios do destino. Foi assim que me vi envolvido em um episódio singular, onde a sabedoria dos antigos se manifestou de maneira surpreendente.
Tudo começou em um dia comum, em que o sol parecia brincar com as nuvens no céu. Eu seguia meu caminho em minha bicicleta, pedalando no exercício da tarde, distraído com a paisagem, quando uma frase ecoou em minha mente: "O mundo e a vida são redondos, como uma bola, todos os caminhos levam ao mesmo lugar". Essas palavras, vindas de algum recôndito ancestral, pareciam fazer sentido naquele momento.
Foi então que um encontro improvável aconteceu. Homens temeriam as mulheres, aqueles que antes eram dominantes, agora se viam em posição de submissão. Os negros, outrora escravizados pelos brancos, encontravam sua voz e ascendiam ao poder, talvez com um desejo inconsciente de inverter os papéis históricos. Mas, observei que os suprimidos emergiam das sombras, buscando sua vez sob os holofotes da sociedade.
Todavia, foi na escola que essa teoria ganhou uma nova perspectiva. A sala de aula se transformava em um palco, onde os alunos assumiam o papel de juízes, avaliando e julgando cada palavra proferida pelos professores. Era a era dos canceladores, ávidos por notoriedade, dispostos a expor qualquer deslize ou desonra cometida por aqueles que detinham o conhecimento. Como o marido que revela a traição da esposa, expondo sua infidelidade, tornavam-se os cornos da própria história, mas não se importava para isso, desde que fizesse a vingança.
Nesse turbilhão de eventos sensíveis da sociedade, percebi que a sabedoria dos antigos estava certa. A roda da vida girava incessantemente, trazendo à tona o que estava adormecido, revertendo papéis e quebrando paradigmas. A escola, outrora o ambiente onde o conhecimento era transmitido, tornava-se a aluna, aprendendo a lição de que o poder estava nas mãos daqueles que antes eram apenas receptores passivos.
Porém, ao refletir sobre essa revolução, não pude deixar de sentir um certo desencanto. Seria esse o rumo certo para a educação? O apagão na educação que tanto temíamos seria inevitável? E assim me veio à mente outra frase dos antigos: "Tudo acaba como começou". A roda da vida, implacável em seu movimento circular, parecia indicar que, apesar das mudanças, estaríamos fadados a retornar ao ponto de partida, às mesmas questões e conflitos.
Enquanto observava o mundo ao meu redor, compreendi que a verdadeira sabedoria não está em inverter os papéis ou impor a supremacia de um sobre o outro, mas sim na busca por uma harmonia verdadeira, na construção de uma sociedade em que todos sejam respeitados e valorizados. A escola... CiFA