Mereço mesmo?

Atenção: Usarei o termo "sanfona" para substituir a palavra "c*zona". Sigamos.

Certas coisas acontecem comigo e eu não sei se são reflexão, síndrome de impostora ou reconhecimento. Assim, que tem gente que se lasca muito nesse mundo é fato. E tem gente ruim que se dá bem nesse mundo também. Salvo raras excessões, a vida é um jogo incerto. Eu sempre me achei meio que do time do bem, mas isso se vem ao fato de aliar a minha bondade à minha facilidade de chorar. Vejo alguém com fome? Choro. Alguém com alguma deficiência que não há auxílio? Choro. Comercial de dia dos pais? Choro. Até esses dias a Dona Cebola numa tirinha estava com crise existencial por ser uma simples Dona de Casa e eu, chorei. Então, tá eu choro e não faço nada? Às vezes.

Mas voltando ao ponto em questão, estou num lugar super bacana, com pessoas bancanas e com estética mais que chique. Falo quase diariamente com estrangeiros e posso deslanchar no meu inglês. Mas me recordo de coisas do passado e fico: Será que estou onde devo ou sou a sanfona que se deu bem?

Claro que como bom ser humano não vou lembrar de todas as vezes que fui uma sanfona mas sei que fui. Diga só pelo fato de no último emprego eu me levantar e pedir demissão do nada. Não foi do nada, mas fui sanfona. Se bem que... Ah, claro, também foram sanfonas comigo.

Essa questão de karma, merecimento é muito louco. Tenho medo de estar aprendendo alguma lição e não tenho nem papel e caneta pra isso. Deus, se for lição, que não doa tanto. Ser for benção, eu agradeço.

Têia Agridoce
Enviado por Têia Agridoce em 14/04/2022
Código do texto: T7495024
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