Onde estou?
Solitário e amedrontado em uma espera única. Talvez seja última tarde de esperança de um conto mal escrito que agoniza em lágrimas.
Por tempos procuro respostas, mas tudo que me entregam são perguntas e ideologias em cartas marcadas. Tentei... - lutei contra os fantasmas reais em minha fantasia de menino. Apenas imagens embaçadas pelo algoz que aprisiona meus passos, serviram de esmola para as minha dúvidas.
O Sol que não atrai meu olhar, derrama sobre a abatida esperança, o desejo pelo final da jornada, pelo findar de um sonho que jaz em minhas memórias e pelo bálsamo que alivia as chagas em minha alma.
Perdido foi o rumo e apagado foi o caminho que um dia percorri.
Quando criança, sonhava e brincava com as estrelas, corria descalço e soluçava em gargalhadas açucaradas. Agora morto, agonizo por acreditar que a Lua era uma bela e imponente roda gigante.
Onde deixei meu bilhete de embarque?
Onde esqueci meu despertador de emoções?
Quero descansar, fechar meus olhos - escutar uma canção de ninar que apague as marcas de meus atos errôneos.
Quem sabe, doutrinar as mágoas, e escrever sobre a ponte que desejo caminhar.
Ontem a luz sobressaía a escuridão.
Hoje a negritude de meus olhos ofusca a desejada eternidade - que por fim, me fez saborear o vinho amargo de um final previsto nas linhas escrita pelo autor de meu destino destino.
Onde estão os sábios?
Onde estão os profetas dos amantes descobertos?
Onde estão as páginas sucumbidas do meu viver?
Onde estou ao findar deste conto?