Renúncia e Perdão, adágio e bordão!
Durante toda a minha vida e até agora, sempre ouvi alguns adágios e bordões populares, como, “aqui se faz, aqui se paga”, “não se pode ter tudo na vida”, dentre outros. O que mais me chama atenção é a segunda frase que simboliza o que estou sentindo neste momento. Meu subconsciente acelera numa regressão e nessa breve análise, vejo o quanto tive que renunciar ao longo da vida, para obter o que consegui, em especial espiritualmente.
A vida é muito cruel quando cobra o que lhe ofereceu, mas é dessa forma que se compreende as leis da vida. Seria uma forma de prestação de contas ou simplesmente de devolver o que lhe emprestou. Às vezes se paga muito caro o pouco que recebeu ou pouco o tanto que recebeu. Eu não poderia imaginar que, para chegar onde cheguei, o tanto que tive que renunciar, abrir mão e perdoar.
Aprendi que renunciar é a chave do sucesso, mas, perdoar, faz o ser humano diferente, especial, evoluído, iluminado. O perdão tem que ser de coração, de verdade, pois muitas pessoas mentem no perdão ou fingem que perdoam, aguardando ansiosamente, o momento de dar o troco, a vingança. Pessoas que agem dessa forma, fingem para si mesmas, são doentes invisíveis que, sem perceber, acabam construindo muros a seu redor, se isolando do mundo, da vida e da felicidade.
O ato de renunciar é uma arte e, ao mesmo tempo, uma nobreza de alma. A que devo renunciar e por que devo renunciar? Não se pode ter tudo na vida, essa é uma máxima, pois, invariavelmente, para se ter ou obter é necessário, obrigatoriamente, renunciar a algo também. É conhecida o bordão: “para cada escolha, uma renúncia”. Para muitos, é verdade, pode ser uma troca: “eu lhe dou algo e você me dá algo”.
Uma outra máxima, conhecida, é a de “que tudo que se faz de bom ou de mal aqui, se paga ou recebe aqui e alì”. É preciso considerar que para os espiritualistas, o fato é que nesse plano terrestre inicia-se o processo cármico do pagamento e do recebimento e num segundo plano, o espiritual, conclui-se o processo. São ensinamentos budistas e hinduístas, dentre outras vertentes, os quais se pode praticar durante a sua existência no plano material. Nada passa impune aos olhos de Deus, como nada passa sem o devido registro. O tempo é a resposta para tudo.
A quantidade de vezes que se renuncia e perdoa, será o tamanho da alma e o grau de sua evolução. A sua grandiosidade se mede pelas suas ações praticadas em favor ou desfavor do próximo. É o resultado do uso do seu livre-arbítrio. Aproveite cada instante como se fosse o último e distribua sorrisos, amor, energia positiva, felicidade, para que a vida lhe seja generosa.
Na visão deste poeta e como mensagem a todos os leitores, amigos e admiradores, é que não vale a pena pular etapas e fingir a felicidade. Não vale a pena chegar ao topo pisando nas pessoas. Todos temos o que merecemos e, às vezes, até mais e na hora certa. Não se esqueça de que a semeadura é livre, mas, a colheita é obrigatória.
Que a poesia seja parte integrante da sua vida e lhe dê razões para chorar de felicidade e de sentir prazer em viver. Mas viva intensamente, não se torture tanto, se doe ao máximo, para que o universo retribua todo seu esforço. A poesia é mágica que lhe faz viajante, lhe deixa alucinado, ilude, leva a fantasia, realiza. Viva a poesia!