LIBERTÉ. ÉGALITÉ, FRATERNITÉ...*
As modalidades de governos foram mudando ao longo da sofrida história de nossa humanidade. Desde o “começo”, sempre houve “governantes” e governados”; não havia “trégua”, pois sempre havia os insatisfeitos com os governantes e com os sistemas de governabilidade...
A monarquia absolutista francesa perdurou durante séculos; o rei tinha poderes absolutos; “felizes” os que viviam as benesses do poder, para eles tudo, até o clero, “representantes” de Jesus, recebiam “favores” dos que detinham o poder de mando...
Luiz XVI governava a França, naquele ano de 1.789, quando eclodiu a revolução francesa e povo gritando as palavras de ordem: Liberdade, Igualdade e Fraternidade, incentivadas por várias “cabeças” pensantes da época, - com o destaque a Maximilien Robespierre. - que queriam dar a França, uma nova diretriz, na economia, no social, que desse uma melhor condição de vida, àqueles que não viviam sobre a “proteção” do poder...
Sucederam-se intermináveis noites de terror, se calcula que mais de 40 mil pessoas foram “executadas” para o “bem” da revolução, a grande maioria pela morte “suave” e instantânea da guilhotina; Luiz XVI e o próprio líder revolucionário mencionados acima; cujo “aprimoramento” foi feito pelo médico francês, Joseph-Ignace Guillotin, alegando que era uma morte mais “suave” que o enforcamento ou o machado...
Estes fatos se passaram a 225, anos, em que parte população francesa, achava que o caminho da violência sem limites seria os meios de conseguir as reformas sociais; hoje, passados mais de dois séculos não podemos “apontar” o dedo em riste para acusar os “governantes” e os “governados”; os primeiros movidos pelo egoísmo sem limites, querendo manter os seus privilégios, os segundos “cansados” das segregações, achavam que poderiam através, - mesmo que fosse por meio da violência. - uma sociedade mais justa e solidária. Os excessos duraram dez longos anos; quando o General Napoleão Bonaparte assumiu o poder dando aos franceses a estabilidade na governabilidade, mas que logo a seguir na condição de Imperador, envolvido pelo personalismo, colocou a França em intermináveis guerras...
Um século após ter começado a revolução francesa, - 1.789 - o nosso país, - 1.889 – “trocava” o Sistema Monárquico pelo Sistema Republicano, que este ano completará tão somente 125 anos...
É natural o atual “quadro”, há o partido que está no poder a 12 anos e por todos os meios quer se manter no poder; se isto der certo, seria 16 anos, com a remota possibilidade da volta de ex presidente, o poder poderia se manter por mais oito anos, - se reeleito. - o que com certeza não seria bom para democracia... Pois, a alternância do poder aprimorar o próprio regime, e “continuísmo” poderá gerar a acomodação... Estamos diante de uma incógnita: como se conduzirá os eleitores: pelo “continuísmo” ou por lideranças “novas” capazes de aprimorarem a governabilidade, que venha de encontro às aspirações populares: uma saúde pública de qualidade, educação e segurança que dê ao cidadão “eliminar” o receio de “ir” e “vir”? Não “deixam de serem desafios, que estamos evidenciando; país com índice de impostos que se aproximam de países de “primeiro mundo”, mas que o cidadão, recebe do Estado, a retribuição com boas escolas, saúde, segurança, e transporte público de qualidade... Não são idéias utópicas, se “outros” conseguem, qual a razão de até o momento nós não temos conseguido? Talvez um dos motivos sejam que nossos governantes, não têm prioridades com os gastos públicos; exemplo: ao invés de se construir oito estádios para sediar a Copa do Mundo se optaram por doze...
É preciso que os nossos governantes pensem urgentemente em diminuir o déficit público, - já alcançou a astronômica cifra de dois trilhões de reais. - pois os juros pagos anualmente com a rolagem desta divida, poderia ser empregada em prol da sociedade, que resultaria em melhoria de suas condições de vida...
São os desafios, que esperam por solução, maior responsabilidade dos governantes; que realmente coloquem o “coletivo” acima do “individual” ... A “nós”, que já passamos dos 70, - ainda não perdemos a esperança. - de “ver” um país mais justo e solidário...
São 16h e 50 m., estas palavras acabamos de digitar diretamente no computador, mas com sentimento, refletindo no momento atual que passa o nosso país... Muitos somente “criticam”; mas quais as “soluções” que apresentam?...
*Nomes e datas compilados da Wikipédia.
Curitiba, 23 de abril de 2.014 - Reflexões do Cotidiano – Saul
*Hoje, é 5 de abril de 2022, portanto o singelo texto já tem oito anos.
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