Bar do Léo 🔵
Avistamos o local, era bem simples. O tanto que falavam desse bar, levou as expectativas a um patamar que tinha alto potencial para frustração. E foi assim. O famoso Bar do Léo era bem comum, até pior que vários outros. O lendário barzinho do Centro de São Paulo tinha como símbolo um simpático leão. Mas não chegamos ali por causa do leãozinho e sim do tão falado chope.
Por ser pequeno, você podia optar por desviar de mesas e cadeiras espremidas ou ficar na calçada, em pé. Preferimos a segunda opção, mesmo não tendo outra escolha. A espelunca era bastante concorrida e todos tinham estampada na cara a expressão de estarem bebendo o premiadíssimo Chope Brahma com um colarinho cremoso de milimétricos três dedos de espessura em um ambiente “vintage” do veterano Bar do Léo e beliscando deliciosos petiscos.
Além da tradição do estabelecimento, outros diferenciais prometidos não chamavam a atenção, desde que a bebida chegasse bem gelada ou o cliente fosse muito detalhista: os barris, à sombra, em câmara fria e a lavagem “especial” dos copos (ah,tá!), tudo meticulosamente planejado e organizado. Mas o que importava era um chope bem tirado, bem gelado e um preço justo (só que não). A antiguidade dos garçons e o atendimento não importavam tanto.
Essa frescura toda ruiu quando descobriu-se que o chope não era Brahma, mas um mais barato chamado Ashby, também foram encontrados alimentos vencidos. Fui enganado. Todas as vezes que fui até o boteco me dei mal. A tradição, as minúcias e a qualidade eram propaladas para inflacionar a conta. Essa é a tática de pontos históricos, da moda ou, simplesmente, concorridos. Exemplos: Ponto Chic, Bar Brahma, Mezanino do Mercadão (sanduíche de mortadela e pastel de bacalhau) etc.
“A casa caiu” porque o (ir)responsável “lobo em pele de cordeiro” vendia “gato por lebre” perto da delegacia e onde “us hômi” “molhavam a goela” depois do expediente.
A Cracolândia, que fica lá perto, vai bem, obrigado; mas não venham “colocar água no meu chope”, que isso é caso de polícia.